A popularização dos mecanismos de Inteligência Artificial (IA) com o lançamento do ChatGPT trouxe revoluções no mundo da tecnologia, mas também preocupações. Entre elas, o limite da capacidade dos softwares e seu potencial de espalhar conteúdos falsos ou enviesados.

Sam Altman, o CEO da OpenAI e considerado o “pai do ChatGPT”, foi um dos que demonstrou ressalvas quanto ao uso indevido de IA e pediu a regulação da tecnologia. Um dos pontos levantados por Altman — e que preocupa também outros especialistas do setor — é o potencial dos chatbots de influenciar eleições presidenciais, inclusive a dos Estados Unidos de 2024.

Estados Unidos 2024

Preocupações com a IA

Formas de falsificar vozes e imagens sempre existiram, mas se tornaram mais fáceis e acessíveis com a Inteligência Artificial. Se antes as clonagens custavam cerca de US$ 10 mil, agora ferramentas como o Midjourney, por exemplo, cria deepfakes convincentes por US$ 60 por mês.

Um membro sênior do Brookings Institution’s Center for Technology Innovation, Darrell West, se preocupa com a capacidade dos eleitores de distinguir o que é falso e verdadeiro.

Vai ser muito difícil para os eleitores distinguir o verdadeiro do falso. E você pode imaginar como os apoiadores de Trump ou de Biden poderiam usar essa tecnologia para fazer o oponente parecer ruim.

Darrell West

Deepfakes

De acordo com a DeepMedia, uma empresa que detecta mídia sintética, houve três vezes mais deepfakes de vídeos e oito vezes mais de voz online este ano em comparação com o mesmo período em 2022.

A estimativa é que sejam mais de 500 mil deepfakes de vídeo e voz compartilhadas mundialmente até o final de 2023.

O que as plataformas têm feito?

Com informações de Reuters