Um estudo publicado recentemente na revista Immunity mostrou que pesquisadores conseguiram curar macacos do vírus da Imunodeficiência Símia (SIV), que equivale ao HIV nos seres humanos. A pesquisa rendeu informações inéditas muito aguardada pela ciência, como o funcionamento do vírus no organismo e os respectivos tratamentos.

Como foi a pesquisa

O experimentou utilizou quatro primatas diagnosticados com o vírus SIV.

Os pesquisadores transplantaram células-tronco nos animais e, dos quatro, dois foram curados e continuaram saudáveis por anos.

O que isso significa

Como apenas metade dos primatas foi curado, a taxa de sucesso do experimento foi de 50%. Os pesquisadores ainda não pretendem estender a alternativa aos seres humanos, mas o estudo revelou informações importantes para a ciência.

Uma das descobertas foi que o vírus caiu abaixo dos níveis detectáveis primeiro no sangue e nos membros dos animais, depois nos gânglios linfáticos, braços e pernas, e, por último, no abdômen.

Como apenas dois dos quatros macacaos foram curados, o sucesso do experimento foi de 50% (Imagem: Marcelorpc – Shutterstock)

Conclusões

No artigo, os pesquisadores concluíram que o fato de o corpo dos macacos não ficar livre do vírus de uma única vez durante o tratamento explica o porquê de o HIV voltar a aparecer. Isso depende do local do corpo onde o vírus está e onde o animal está sendo testado: se uma amostra de sangue for coletada para o teste, por exemplo, o paciente pode parecer curado, mas o HIV ainda está presente nos gânglios linfáticos e vai reaparecer depois de um tempo.

Os cientistas também perceberam que as células-tronco transplantadas identificaram as células com o vírus do SIV como estranhas, e as atacaram para combater a infecção.

Apesar de o experimento não significar uma cura para humanos, colaborou com importantes descobertas para a ciência (Imagem: PENpics Studio/Shutterstock)

Cura para o HIV

O Olhar Digital já falou sobre os quatro casos aqui.

Com informações de Immunity