Após empate em 1 a 1 no tempo regular, o Sevilla se sagrou campeão da Liga Europa na disputa por pênaltis. O clube espanhol se isola ainda mais como maior campeão da competição continental, somando agora sete títulos.
A Roma abriu o placar com Dybala ainda no primeiro tempo e, em jogo de domínio amplo na segunda parte, o Sevilla chegou ao empate com gol contra do zagueiro Mancini. Nos pênaltis, o zagueiro Mancini voltou a ser vilão e Montiel garantiu a batida que deu o título ao time comandado por José Mendilibar.
A grande decisão de Istambul reuniu um estreante em finais de Liga Europa e o rei da competição em um único só campo. De um lado o treinador espanhol, José Mendilibar, que arrumou a casa em Sevilla, e do outro o multicampeão e impiedoso, o português José Mourinho.
Conhecido por seu estilo defensivo, com grande jogo físico e saída inteligente nos contra-ataques, a Roma de Mourinho surpreendeu a quem dedicou a tarde para assistir à grande final. Mesmo com a posse de bola estando do lado do Sevilla, o clube italiano manteve uma postura ofensiva, marcava com certa folga e se soltava naturalmente quando subia ao ataque.
Tentando diminuir a tensão da partida com o passar do tempo, o clube da Espanha rodava a bola com tranquilidade e tentava, com as subidas do polivalente Jesús Navas, jogadas pelo lado dos campos, mas nada de fato efetivo contra a meta de Rui Patrício.
Equilíbrio que se manteve até os 34 minutos da primeira parte, quando em uma roubada de bola no meio de campo, Mancini teve toda a linha central para decidir o que faria com o lance sobre seus pés. Magistralmente o zagueiro romano achou Dybala, que, correndo entre a zaga, recebeu no pé esquerdo, carregou até a entrada da área e escolheu o canto esquerdo do gol para vencer Bono e colocar a Roma na frente do placar. Istambul vibrava com o “príncipe argentino”.
O tempo virou e o maior campeão da história da Liga Europa, com seis títulos, voltou do vestiário em busca da sétima taça. Não há para onde fugir, a segunda etapa foi do Sevilla.
Acumulando 71% de posse de bola, diferente do que fez na primeira parte, os Rojiblancos eram mais agudos em direção ao objetivo final. Navas, aos 37 anos, chegou a parecer um garoto recém-chegado das divisões de base, cheio de energia sendo acionado pelos lados do campo sem demonstrar um pingo de cansaço.
E foi pelo lado direito, aos 54 minutos, que Jesús Navas se lançou à linha de fundo, recebeu boa bola, olhou para a área e cruzou uma bola cheia de veneno. Tentando evitar o lance de perigo, um dos protagonistas do primeiro gol, Mancini apareceu novamente, mas dessa vez para acabar perdendo o tempo da bola e tocando ela para o fundo da própria rede. Budapeste foi abaixo com o empate.
A Roma pareceu sentir o gol e seguiu o segundo tempo de maneira mais tímida no ataque e cada vez mais tensa nas zona defensivas. O Sevilla se sentia confortável, mas ainda assim não conseguiu encaixar as investidas ofensivas contra o time italiano.
O empate levou a grande decisão para a prorrogação. E durante os 30 minutos extras, mais os acréscimos, as equipes demonstraram certo cansaço após um intenso embate na Puskás Arena. O jogo passou a ser picotado com diversas faltas e as chances foram escassas. Os dois times pareciam aceitar que o título para um dos lados seria decidido nas cobranças de pênalti.
Nas penalidades máximas, a Roma conseguiu desperdiçar duas das três batidas com Mancini e Ibãnez. Do outro lado, o jogador que foi responsável por bater o último pênalti da Argentina na conquista da Copa do Mundo, o lateral-direito Montiel teve nos pés a chance de colocar mais um título na conta do Sevilla.
Com requintes de crueldade, ele cobrou e viu a bola parar nas mãos de Rui Patrício, frustrando assim o grito de campeão. No entanto, em uma reviravolta, após análise no VAR a cobrança teve que ser refeita, já que o goleiro da Roma havia se adiantado. Na nova batida não deu outra: gol de Montiel e o sétimo título de Liga Europa para o Sevilla.
Fonte: Ogol
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