Todo mundo que alugou um carro na vida já passou por aquele pensamento de: nossa, tem que ir buscar o carro (se for uma turma então, fica a discussão sobre quem será o responsável pela missão). Pensando nisso, a startup britânica Imperium Drive lançou um serviço de aluguel de carros que entrega os veículos aos clientes via controle remoto — sim, lembra a velha brincadeira de carrinhos.
Resumo:
É sem motorista, mas não autônomo — ainda. Há um humano envolvido, mas eles estão sentados em um centro de controle pilotando o veículo da mesma forma que você faria com um drone.
Koosha Kaveh, executivo-chefe da Imperium Drive, à BBC.
Como funciona?
Atualmente, a Imperium Drive possui uma frota pequena destinada ao serviço, mas ela já está liberada para o público do Reino Unido através do app Fetch, disponível para download na App Store e no Google Play.
Na prática, o veículo é pilotado remotamente até o local do cliente, onde ele assumirá o volante e seguirá com o serviço tradicional de aluguel de carros.
Na hora de devolver o carro, voltamos ao dilema: ter que ir até a empresa para deixar o veículo. No serviço Fetch, no entanto, isso também está resolvido. Ao fim do período de aluguel, um operador remoto volta a assumir o controle do veículo e o leva ao próximo cliente ou o devolve à sua base de carregamento.
Como os motoristas operam remotamente?
Segundo informações do The Verge, os motoristas que dirigem o carro remotamente têm uma visão de 360 graus das estradas graças a uma combinação de câmeras embutidas no veículo e algoritmos de visão computacional que podem detectar qualquer coisa nas proximidades.
A configuração lembra a usada por jogadores de simuladores de corrida, aqueles que apresentam uma cadeira de jogo semelhante a um cockpit, quatro telas de monitor e periféricos de direção como um volante.
O serviço de aluguel remoto de carros é seguro?
Embora o serviço de carro guiado remotamente seja inovador e os testes tenham tido sucesso, especialistas apontam que motoristas podem perder a sensibilidade da segurança e atenção necessária em estradas.
Embora esse esquema tenha sido testado com muito sucesso ao longo de um período de 18 meses, nos preocupamos de que a experiência de dirigir remotamente um veículo afaste o motorista das possíveis consequências para a segurança no trânsito de maneira semelhante a um videogame. Embora o motorista remoto tenha uma visão razoável à sua frente e ao redor por não estar presente no veículo, ele está — goste ou não — um pouco desconectado da realidade de estar realmente ao volante.
Simon Williams, um porta-voz de segurança do RAC, em comunicado publicado pelo The Engineer.
Fonte: Olhar Digital
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