Desde o processo de colonização do Brasil, mais de dois terços das línguas indígenas foram perdidas e muitas outras estão enfraquecidas. Para mudar esse cenário, uma iniciativa da USP (Universidade de São Paulo) vai empregar IA (Inteligência Artificial) para preservar e revitalizar esses idiomas.

O projeto

O projeto da USP é realizado em conjunto com o Centro de Inteligência Artificial (C4AI) e o IBM Research, e vai desenvolver ferramentas de IA para auxiliar na documentação, preservação, vitalização e uso das línguas indígenas no Brasil.

É por meio da área de Processamento de Linguagem Neural (PLN) que a IA poderá ajudar. Ela auxiliará na construção de sistemas de conversão de fala para texto e vice-versa, tradução e expansão de vocabulário, melhoria de programas de coleta e análise linguística.

Os primeiros protótipos devem estar prontos para serem testados no segundo semestre deste ano.

Frentes de atuação

Projeto está ativo na Terra Indígena Tenonde Porã (Fotomontagem: Jornal da USP – Imagens: Assessoria de Comunicação do C4AI)

Demandas

Segundo Pinhanez, hoje não há tradutores de línguas indígenas para o português brasileiro e, se jogar essa tradução no ChatGPT, ele inventa línguas.

Ainda de acordo com o vice-diretor, as demandas de fortalecimento dos idiomas partiram dos próprios povos indígenas, que estão crescendo sem repassar essa parte essencial de sua cultura.

Ele também destacou que os indígenas estão gostando do que está sendo feito e as atividades são adaptadas para atender as necessidades dos povos.

Parceria

Com informações de Jornal da USP