Em tempos de grandes avanços da inteligência artificial (IA), temos visto o surgimento de clones cada vez mais realistas, graças a ferramentas diversas. Por exemplo, um namorado clonou a namorada, usando o Bard, do Google (para identificar aspectos de personalidade com base nas redes sociais), o ElevenLabs (para criar a voz artificial) e o Stable Diffusion (para recriar o visual da moça).
Também vimos uma influencer clonar a si mesma com IA. Neste trabalho, o desenvolvimento foi realizado com modelo de linguagem GPT-4, o mais avançado do ChatGPT.
Agora, quem entrou para a galeria de clones de IA foi o âncora da Bloomberg Television, Tom Mackenzie. O gêmeo digital dele (ou avatar inteligente) foi criado pela plataforma de mídia sintética Synthesia.
Clones no mercado de trabalho
Há uma variedade de empresas de olho nesses clones, inclusive para oferecer aos clientes “funcionários” que geram menos custos. No caso, em áreas de suporte ao cliente, vendas e comunicações.
Nesse sentido, há uma expectativa de que a criação de clones com inteligência artificial se torne uma indústria de US$ 527 bilhões até o final da década. A Synthesia já arrecadou US$ 50 milhões desenvolvendo avatares para mais de 15.000 empresas, incluindo McDonald’s, Accenture e o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido.
As empresas Runway e Deep Voodoo, também estão produzindo avatares humanos com inteligência artificial e estão sendo apoiadas pelo Google. Já a tecnologia que criou uma versão da influencer veio de uma empresa chamada Forever Voices, que tem no portfólio versões replicadas de Steve Jobs, Kanye West, Donald Trump e Taylor Swift.
Seremos substituídos por clones?
Apesar de trabalhos bem avançados de IA já resultarem em clones bem impressionantes, há um grande dilema acompanhando esse boom. Principalmente, por conta de uma quase total ausência de regulamentação ou diretrizes éticas.
Junto ao risco dos avatares substituírem trabalhadores humanos, a coisa fica ainda mais assustadora. Mas, se depender do clone de Tom Mackenzie, esse tipo de substituição não deverá acontecer. Pelo menos, para o apresentador.
Nas palavras dele, “os âncoras de TV humanos trazem qualidades únicas, como carisma, pensamento crítico e adaptabilidade. Então fique tranquilo, estou aqui para ajudar, não para tomar o seu lugar”.
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Fonte: Olhar Digital
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