Os esforços governamentais para enfrentar a crescente ameaça de infecções resistentes a medicamentos ainda não são suficientes, segundo nova análise realizada por especialistas das universidades de Leeds (Inglaterra), Edimburgo (Escócia) e Hamburgo (Alemanha).

Os planos de ação nacionais para enfrentar a ameaça da resistência antimicrobiana (RAM) — que ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas param de responder aos medicamentos — foram desenvolvidos por mais de 100 países ao redor do planeta. Esses planos são focados na formulação de políticas para conter a RAM e na criação de ferramentas para aplicação prática.

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A pesquisa realizada entre as universidades é pioneira a investigar a fundo esses planos, projetados após o incentivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), ao declarar a RAM uma das dez principais ameaças à saúde pública.

Nossa análise mostrou que os países estavam altamente focados em projetar políticas de RAM e pensar em quais ferramentas seriam necessárias para implementá-las, mas geralmente não consideram como eles monitorariam e avaliariam o impacto desses esforços.

Jay Patel, principal autor da análise

“Isso sugere que a resposta internacional pode ser inadequada para atender à escala e gravidade da RAM. Isso é particularmente preocupante em países de baixa e média renda, onde as atividades do plano de ação geralmente carecem de financiamento sustentável — contando, em vez disso, com fundos de doadores estrangeiros e filantropos”, afirma o autor.

Entenda a resistência antimicrobiana

Em 2017, a OMS promoveu incentivos aos estados-membros para desenvolverem planos de ação nacionais, focados em estipular mecanismos para os países a lidarem com a RAM. A iniciativa resultou em plano coletivo que envolveu mais de 100 países.

Com informações de MedicalXpress