No mundo dos esportes, computadores são usados para analisar tudo, desde a velocidade com que uma bola de tênis foi servida até os tecidos usados nos uniformes de esgrima e natação. A tecnologia também foi usada na Copa do Mundo para determinar se uma bola realmente passou pela linha do gol.
Uma bola inteligente é uma bola de futebol equipada com tecnologia avançada para fornecer feedback em tempo real, ela usa tecnologia de visão computacional para rastrear o movimento da bola e fornecer dados precisos sobre o posicionamento dos jogadores.
Como funciona a bola inteligente com chip usado no futebol
Essa tecnologia não é novidade para quem acompanha o futebol de perto, testes feitos com este tipo de bola acontecem desde 2005, mas a Fifa aceitou a tecnologia apenas na Copa de 2022.
A bola oficial da Copa do Mundo no Qatar, que revolucionou o mercado de bolas inteligentes, contou com a tecnologia para aprimorar o sistema VAR (Video Assistant Referee) com IA. Ela foi desenvolvida pela Adidas em colaboração com a Fifa e a Kinexon, permitindo que os árbitros de vídeo analisem os dados ao vivo, fornecendo automaticamente informações precisas sobre quando um jogador tocou a bola.
Dentro de cada bola de jogo há um dispositivo projetado pela Kinexon, uma das principais empresas no mundo do rastreamento de desempenho em vários esportes, que pesa 14 gramas e abriga chips com dois sensores operando simultaneamente:
Sempre que a bola é chutada, cabeceada ou até mesmo tocada, o sistema a capta a 500 quadros por segundo. Os dados são enviados dos sensores para um sistema de posicionamento local (LPS), que envolve uma configuração de antenas de rede instaladas ao redor do campo, que captam e armazenam os dados para uso imediato.
O dispositivo da Kinexon é apoiado pela tecnologia de suspensão fornecida pela Adidas, projetada para alojar o sensor no ponto central interno da bola e mantê-lo seguro de maneira consistente.
Junto com esse sensor está o rastreamento óptico por câmera de alta velocidade, um sistema bem conhecido por seu trabalho no tênis. Doze câmeras “tira-teima” são instaladas em todo o estádio, rastreando a própria bola e cada jogador 50 vezes por segundo.
Com isso em mente, os dados da Kinexon e das “tira-teima” são processados por um software de inteligência artificial programado para gerar alertas automáticos de impedimento para os árbitros na sala de vídeo da partida. Em vez de examinar manualmente as jogadas, um processo demorado, os programas de IA geram automaticamente alertas que podem ser confirmados pelos árbitros de vídeo da partida.
Essa tecnologia de dados pode mudar completamente a maneira como o futebol profissional funciona, da análise tática melhorando o treinamento e o desempenho em campo, até transmissões com estatísticas e gráficos inéditos.
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Fonte: Olhar Digital
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