Nos desdobramentos de mais uma greve de roteiristas nos EUA, a união de atores (SAG-AFTRA) votou, nesta segunda-feira (5), a favor de autorizar paralisação caso seus contratos sejam rompidos, o que só piora o cenário para os produtores de conteúdos.
O SAG-AFTRA indicou que 97,9% dos votos apoiaram a greve, sendo que quase 65 mil membros (48% elegíveis a votar) foram favoráveis à medida. “Bravo, SAG-AFTRA. Estamos nessa para vencer”, comemorou, em nota, o presidente da instituição, Fran Drescher.
Desdobramentos
Diretores recuam
Durante o fim de semana, os estúdios possivelmente evitaram paralisação dos diretores ao alcançar acordo provisório com a Directors Guild of America (DGA) O acordo, contudo, só terá efeito se os membros do DGA votarem para ratificar o acordo nas próximas semanas.
[Com os atores,] estamos abordando essas negociações com o objetivo de alcançar novo acordo que seja benéfico para os membros do SAG-AFTRA e para a indústria em geral.
Aliança de Produtores de Cinema e Televisão
Greve de atores pode acontecer?
Uma greve de atores pode acontecer em toda a Hollywood e aumentar a pressão nos estúdios, que precisa de programas para alimentar seus serviços de streaming e a programação das TVs.
Nas negociações, os atores buscam salários maiores e proteções contra o uso não-autorizado de suas imagens pela IA (Inteligência Artificial). O acordo atual expira em 30 de junho.
Para os chefões do SAG-AFTRA, a indústria mudou dramaticamente com a ascensão do streaming e o surgimento de novas tecnologias, como a IA generativa.
As próximas conversas “podem ser uma das mais consequentes negociações na história da união)”, segundo o negociador-chefe, Duncan Crabtree-Ireland. “A inflação, os resíduos cada vez menores devido ao streaming e IA generativa ameaçam a capacidade dos atores de ganhar a vida se nossos contratos não forem adaptados para refletir as novas realidades”, finalizou.
Com informações de Reuters
Fonte: Olhar Digital
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