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Audiências de Papa Francisco estão suspensas até 18 de junho devido à cirurgia de emergência

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O serviço de Imprensa da Santa Sé, informou nesta quarta-feira, 7, que as audiências do Papa Francisco estão suspensas até 18 de junho, por causa da cirurgia de última hora a qual ele precisou de submeter. Até a publicação dessa matéria, a intervenção sob anestesia geral realizada no pontífice argentino de 86 anos ainda estava em andamento e exigirá “vários dias” de internação. Um dia após realizar exames de rotina, o líder da Igreja Católica voltou ao hospital Gamelli, nesta quarta-feira, 7, após a audiência geral, para operar em caráter de emergência devido ao risco de obstrução intestinal. A intervenção cirúrgica é “necessária” devido ao agravamento dos sintomas apresentados pelo sumo pontífice, informou sua equipe médica, e exigirá “vários dias” de hospitalização, informa um comunicado divulgado pelo diretor do serviço de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni. “O papa será submetido a uma operação de laparotomia e a uma cirurgia plástica da parede abdominal com prótese, sob anestesia geral”, explicou Bruni. A laparotomia é um procedimento cirúrgico que consiste na abertura da cavidade abdominal. “A operação, preparada nos últimos dias pela equipe médica que atende o Santo Padre, tornou-se necessária por causa de uma hérnia incisional que provoca síndromes de obstrução recorrentes, dolorosas e em vias de agravamento”, acrescentou Bruni.

O secretário de Estado e número dois da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, disse que esta operação não implicará “nenhuma vaga”, “nem uma substituição temporária do papa no exercício de suas funções”. Após a intervenção, ele retomará o exercício do seu ministério, “mesmo que seja de uma cama de hospital”, disse Parolin à imprensa. “Casos urgentes serão levados para o hospital”, acrescentou. O argentino que é chefe da Igreja Católica desde 2013 tem uma saúde frágil. Atualmente, ele se desloca em uma cadeira de rodas e foi submetido a uma delicada cirurgia do cólon em julho de 2021, realizada para retirar parte do cólon e diminuir os problemas causados pelos divertículos, que são pequenas hérnias em sua parede. Em uma entrevista em janeiro, deu a entender que os problemas do cólon haviam voltado. O estado de saúde de Francisco piorou por seus problemas num joelho, quadro sobre o qual não há informação oficial, pelo qual o pontífice disse não querer ser operado. Durante quase uma década, o mundo conheceu-o por sofrer de uma dor ciática crônica que o obrigava a mancar e que levou o papa a cancelar, várias vezes, sua presença em cerimônias oficiais, assim como a adiar viagens. Mas, como escreveu o médico e jornalista argentino Nelson Castro no livro “La salud de los papas”, Francisco mancava mais por causa de um pé chato do que pelo ciático.

papa francisco

A frágil saúde de Francisco não é de hoje. Aos 21 anos, ele quase morreu de pleurisia, segundo seu biógrafo Austen Ivereigh, e por isso tiveram de retirar alguns cistos de seu pulmão em 1957. Nesse livro, ele relembrou esse episódio e confessou que entendia como se sentiam as pessoas que sofriam de coronavírus. “Eles têm que lutar para respirar por respiradores artificiais”, comentou, referindo-se à sua doença juvenil. Em janeiro de 2021, Francisco foi vacinado contra a covid- 19. Por seus males, sabe-se que, quando era arcebispo de Buenos Aires, costumava ir a um acupunturista chinês pelas dores nas costas, contou seu biógrafo no jornal The Tablet Catholic. Também sofreu de “cálculos biliares” e, em 2004, teve um problema cardíaco “temporário”, devido a um leve estreitamento de uma artéria, ainda conforme seu biógrafo. Seus problemas hepáticos foram resolvidos com uma mudança na dieta.

O pontífice também já teve que recorrer ao apoio psicológico, com consultas uma vez por semana durante seis meses para lidar com sua ansiedade. No final, confessou que a enfrenta ouvindo música de Bach, ou tomando mate, a típica infusão argentina. Em abril de 2023, o papa foi internado no hospital Gemelli, devido a problemas respiratórios, e permaneceu três dias. Nesse período, foi tratado com antibióticos. “Se tivéssemos esperado um pouco mais de horas, teria sido mais grave”, reconheceu posteriormente em entrevista à rede Telemundo. O papa argentino costuma falar de forma “livre e transparente” sobre seus problemas de saúde, tanto físicos quanto psicológicos. Ele já chegou a dizer que abriri a mão do cargo se não estivesse e plenas condições de continuar liderando a Igreja. Apesar disso, o Vaticano continua mantendo o habitual secretismo e informa de forma vaga, o que gera dúvidas e questionamentos sobre as reais condições do sumo pontífice.

*Com informações da AFP

 

Fonte: Jovem Pan News

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