Perfurar grandes profundidades no Oceano é um grande desafio tecnológico que vem avançando lentamente nas últimas décadas. Uma equipe de geólogos conseguiu dessa vez coletar as amostras de pedra mais fundas da história em um buraco.
O time que conduziu a escavação no navio JOIDES Resolution, está se aproximando de 1.000 metros abaixo do fundo do mar. Em comunicado, os pesquisadores anunciaram que conseguiram coletar rocha do manto da Terra, apesar disso, a camada não foi alcançada.
Se o buraco não chegou ao manto, como as amostras foram retiradas?
Apesar da escavação não ter atingido a camada do manto, essas amostras foram trazidas para perto da superfície por meio do processo de expansão ultralenta do fundo do mar. O que permitiu ao JOIDES Resolution trazer à tona esta rocha do manto que não foi alterada pelo intemperismo na superfície, permitindo que os cientistas nos forneçam novos insights sobre a composição e estrutura do manto, bem como os processos que levam lugar dentro dela.
Esta expedição exemplifica o papel crucial da perfuração oceânica profunda para a comunidade científica agora e no futuro. As amostras e os dados que estamos gerando não puderam ser obtidos por outros meios. A abordagem colaborativa do IODP permite uma perspectiva multifacetada que é essencial para entender o feedback entre processos ígneos, tectônicos, hidrotermais e biológicos, essenciais para reconstruir as condições necessárias para criar os blocos de construção da vida
Comunicado do JOIDES
“A magnitude da ocorrência histórica certamente não foi perdida em nosso grupo de cientistas”, acrescentou a equipe no comunicado à imprensa, “muitos dos quais são pesquisadores de campo experientes e acreditam que esses serão dados incrivelmente importantes para muitas gerações de cientistas que virão”.
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Fonte: Olhar Digital
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