A Libertadores tem um novo líder geral em 2023, pelo menos até Palmeiras e Fluminense entrarem em campo nesta quarta-feira (7). O Bolívar, azarão que poderia passar despercebido no grupo do Palmeiras, já faz a melhor campanha de um clube boliviano no atual modelo da competição.
A vitória diante do Cerro Porteño, na terça (6), por 2 a 0, foi a quarta do Bolívar nesta Libertadores. Com 12 pontos em cinco jogos, o clube está garantido nas oitavas de final, fase que equipes bolivianas não alcançavam desde 2020, quando o Jorge Wilstermann foi eliminado no mata-mata pelo Libertad.
Historicamente, esta campanha do Bolívar é uma das melhores do país na Libertadores – a melhor em 25 anos. Em um modelo de disputa diferente, em 1998, o próprio Bolívar conseguiu somar 13 pontos na primeira fase da disputa, com quatro vitórias, um empate e uma derrota – esse desempenho pode ser igualado ou até superado na última rodada, em confronto com o Palmeiras.
Há 25 anos, porém, os grupos da Libertadores eram mesclados por apenas dois países. Portanto, lá em 1998, o Bolívar conseguiu aquela ótima campanha contra outro clube boliviano, o Oriente Petrolero, e dois uruguaios: Peñarol e Nacional. À época, o Bolívar avançou até as quartas de final e foi eliminado pelo finalista Barcelona de Guayaquil.
A melhor campanha boliviana na fase de grupos da Libertadores data de 1985. Novamente numa disputa de dois países, desta vez com venezuelanos, o Blooming avançou de fase invicto, com cinco vitórias e um empate. Na década de 1980, as vitórias valiam apenas dois pontos, porém convertido para o modelo atual o Blooming teria somado 16, o que este Bolívar já não conseguirá fazer.
O trabalho do técnico espanhol Beñat San José à frente do Bolívar conta com muitos méritos. Há algumas semanas, o Bolívar já havia sido destacado em oGol por ter aplicado a maior goleada boliviana fora de casa. Aquela goleada, inclusive, impulsiona o clube como melhor ataque do torneio.
Em cinco jogos, o Bolívar marcou 11 gols e sofreu apenas três – o que deixa também a equipe como segunda melhor defesa, atrás apenas do Boca Juniors, que só levou dois gols.
Parte do Grupo City desde 2021, o Bolívar é a principal base da seleção boliviana, mas conta também com estrangeiros de peso para o porte do futebol do país. A convocação da seleção boliviana para os amistosos de junho contra Equador e Chile, por exemplo, conta com nove jogadores do clube. O rival The Strongest é o segundo clube com mais convocados, com sete.
Entre os estrangeiros, além do técnico Beñat San José, estão no Bolívar alguns nomes conhecidos do futebol brasileiro. Gabriel Poveda, artilheiro da última Série B pelo Sampaio Corrêa, vem na reserva do clube, preterido pelo artilheiro chileno Ronnie Fernández, que tem 13 gols na temporada. Outro atleta com passagem pelo Brasil é Patito Rodríguez, aquele ex-Santos, que no passado foi tratado como grande promessa da seleção argentina.
Com um elenco multicultural, o Bolívar conta ao todo com seis estrangeiros, somando a estes nomes o espanhol Pablo Hervías, ex-Málaga e Valladolid, o argentino Nicolás Ferreyra e o uruguaio Bryan Bentaberry.
Fonte: Ogol
Comentários