A Rocket Lab havia inicialmente planejado que lançaria sua missão para Vênus em maio de 2023. No entanto, de acordo com TechCrunch, a primeira missão privada com destino ao planeta não acontecerá mais esse ano, tendo sido adiada para janeiro de 2025.
A missão foi anunciada pela Rocket Lab em agosto de 2020, depois que foi descoberto na atmosfera venusiana sinais de fosfina, um subproduto da vida microbiana. Cerca de dois anos depois do anúncio, a empresa explicou em artigo na revista Aerospace que a missão tinha como objetivo investigar a atmosfera do planeta em busca de condições de vida. Além disso, também foi descrito como a missão iria se suceder.
Apesar de Vênus ser o planeta mais quente do Sistema Solar e muitas vezes ser descrito com paisagens infernais capazes até mesmo de derreter o chumbo em sua superfície, nas nuvens as condições podem ser mais amigáveis, e a descoberta do composto orgânico acabou causando grande agitação entre a comunidade científica.
Sempre achei que Vênus tem uma reputação difícil. A descoberta da fosfina foi o catalisador. Precisamos ir a Vênus para procurar vida.
Peter Beck, CEO da Rocket Lab, falando sobre a missão em 2022
A descoberta de fosfina na atmosfera venusiana até hoje é muito contestada, mas foi o suficiente para renovar o interesse no planeta. A NASA, por exemplo, está desenvolvendo duas missões com destino ao planeta, a DAVINCI e a VERITAS, previstas para serem lançadas no início da década de 2030.
Missão da Rocket Lab
Já a missão da Rocket Lab, planejada em parceria com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e filantropos não identificados, chegaria bem antes que as da NASA e isso custando apenas 10 milhões de dólares, cerca de 1% das missões da agência combinadas.
Quando chegar ao planeta, a sonda coletará dados do planeta durante apenas 3 a 5 minutos, enquanto cai de 60 para 45 quilômetros de altitude na atmosfera venusiana, mesma região no qual a fosfina foi encontrada em 2020.
Apesar disso, a missão não procurará comprovar a existência do composto em Vênus, mas sim procurar outras moléculas orgânicas complexas, enquanto mede composição, concentração e formas. Tudo isso será feito e transmitido para Terra antes que a sonda seja destruída pela pressão do planeta ou pelo calor da superfície.
Fonte: Olhar Digital
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