Que a IA (inteligência artificial) está praticamente em todos os lugares e auxiliando em muitas coisas, já sabemos. E, na medicina, a situação não é diferente.
Em estudo publicado na revista Radiology, cientistas estadunidenses treinaram nova IA para rastrear o câncer de mama com milhares de mamografias. Após isso, a tecnologia superou modelos padrões para medição de risco e consegue prever a doença cinco anos antes do surgimento dos primeiros sintomas.
Diagnóstico de câncer de mama atualmente
O diagnóstico do câncer de mama, atualmente, é feito somente com relato das pacientes e dados pessoais, como idade, histórico familiar e característica das mamas.
Com essas informações, os médicos criam uma pontuação de risco, dentro do modelo de risco traçado pelo BCSC (Consórcio de Vigilância do Câncer de Mama).
Os modelos de risco clínico dependem da coleta de informações de diferentes fontes, que nem sempre estão disponíveis ou são coletadas. Avanços recentes com a IA nos fornecem a capacidade de extrair centenas a milhares de dados adicionais.
Vignesh A. Arasu, radiologista e pesquisador do consórcio Kaiser Permanente, em nota
Em nosso País, a doença é o segundo tipo de câncer mais comum, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer). A cada ano, estima-se o surgimento de 74 mil novos casos.
Método de prevenção por IA
Com poucas surpresas, cada um dos cinco algoritmos de IA obtiveram melhor desempenho que o modelo do BCSC na prevenção do câncer de mama em período de zero a cinco anos.
Esse forte desempenho preditivo ao longo do período de cinco anos sugere que a IA está identificando tanto os cânceres não rastreados quanto as características do tecido mamário que ajudam a prever o desenvolvimento futuro do câncer. Algo nas mamografias nos permite rastrear o risco de câncer de mama. Esta é a ‘caixa preta’ da IA.
Vignesh A. Arasu, radiologista e pesquisador do consórcio Kaiser Permanente, em nota
Agora, a equipe precisa entender quais marcadores dão o sinal mais claro, captado pela ferramenta, pois, atualmente, eles ainda não sabem quais características são as responsáveis pelo aumento do risco de câncer no tecido mamário, apesar de descobrirem que a IA é capaz de prever o diagnóstico da doença muito antes do que as formas atuais.
Já sobre o tratamento, muitos cientistas que não tiveram participação nesses testes defendem uso massivo da IA. Exemplo disso é um grupo de especialistas que obtiveram sucesso na criação de método via IA que prevê sucesso da quimioterapia para tumores nas mamas. O método permite o aumento das possibilidades de remissão e cura da patologia.
Fonte: Olhar Digital
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