Com capacidade de carregamento de 27 toneladas para a órbita baixa da Terra, o foguete Vulcan Centaur está em desenvolvimento pela United Launch Alliance (ULA) desde 2014. Programado para 2020, o voo de estreia do veículo foi já remarcado diversas vezes, pelos mais variados motivos – o mais recente adiamento, por exemplo, foi causado por uma falha ocorrida durante um dos testes de pré-lançamento padrão feito em março deste ano.
Na época, Tory Bruno, CEO da ULA, publicou um vídeo da explosão no Twitter, explicando que houve um vazamento de hidrogênio acumulado dentro da plataforma. “Encontrada uma fonte de ignição. Queimou rápido. A pressão excessiva cedeu em nossa cúpula dianteira e danificou a carreta de perfuração”. Segundo ele, uma nova tentativa de lançamento aconteceria entre junho e julho.
Entre a carga útil do veículo, está o módulo lunar Peregrine, construído pela Astrobotic Technology para a NASA, além dos satélites de demonstração Kuipersat-1 e Kuipersat-2, da Kuiper Systems. O Peregrine será responsável por depositar um “minimuseu” na Lua, que conta com uma nanoarte brasileira no acervo.
Motores do foguete são submetidos a ensaio de fogo estático
Enquanto o foguete não decola, outros testes vêm sendo feitos para garantir uma estreia de sucesso. Na quarta-feira (7), às 22h05 (pelo horário de Brasília), os dois motores do veículo foram submetidos a um ensaio de fogo estático chamado Flight Readiness Firing (FRF). O procedimento aconteceu no Complexo de Lançamento Espacial 41 da Estação da Força Aérea dos EUA em Cabo Canaveral, na Flórida.
Segundo a ULA, tudo correu conforme o planejado. “Este é um grande marco. Isso é o mais próximo que você pode chegar de lançar um foguete sem realmente lançar o foguete”, disse Mark Peller, vice-presidente de desenvolvimento do Vulcan na empresa, em uma entrevista coletiva concedida após o teste. “É nosso último grande marco no caminho para o lançamento, então, é uma grande conquista”.
Até o fim desta semana, o foguete será recolhido para o Centro de Integração Vertical (VIF) para a equipe proceder com os preparativos finais, incluindo a integração da carga útil. Quando tudo estiver concluído, ele retorna à plataforma para o lançamento do voo inaugural, chamado Cert-1.
De acordo com o site Space News, ainda não se sabe quando isso vai acontecer, já que a ULA ainda está investigando o que provocou o vazamento de hidrogênio que levou à forte explosão ocorrida em março no estágio superior do Vulcan Centaur.
Se a empresa resolver fazer adaptações apenas no estágio superior do foguete, o voo inaugural pode acontecer até agosto. Caso seja necessário modificar todo o foguete, o lançamento pode ficar para o fim do ano.
Fonte: Olhar Digital
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