Na tarde de quinta-feira (8), um diamante rosa de 10,57 quilates, batizado de “Rosa Eterno”, foi vendido por US$34.804.500 (o equivalente a quase R$170 milhões) durante um leilão da Sotheby’s Nova York.

Descrita como o “diamante rosa mais significativo” a chegar ao mercado, a peça foi arrematada por esse preço recorde em apenas dois minutos.

Segundo a casa de leilões, o diamante bruto de 23,78 quilates que deu origem ao Rosa Eterno foi extraído em 2019 de uma mina em Botsuana, país localizado no sul do continente africano. Durante intensos seis meses, a pedra foi meticulosamente moldada em corte de almofada, potencializando sua cor “chiclete” eletrizante, e colocada em um anel.

A ciência por trás dessa coloração vívida não é conhecida, o que aumenta ainda mais o apelo da joia para os consumidores. Normalmente, os diamantes tornam-se coloridos pela presença de oligoelementos, como o boro, que lhes confere uma tonalidade azul. Curiosamente, no entanto, os diamantes cor-de-rosa não contêm quaisquer oligoelementos.

Estresse em nível atômico pode explicar a cor rosa vívida do diamante

“A melhor explicação disponível hoje é que a cor é resultado de estresse em nível atômico”, informa a Sotheby’s na descrição do objeto. “Os diamantes se formam nas profundezas do manto terrestre, onde pressões e temperaturas intensamente altas comprimem os átomos de carbono em uma forte estrutura de rede cristalina. Poderosas erupções vulcânicas deslocam esses diamantes e os trazem para a crosta terrestre, onde podem permanecer por milhões de anos antes que a erosão os leve para cursos d’água ou sejam escavados por mineradores”.

De acordo com o site IFLScience, é excepcionalmente raro encontrar um diamante maior que 10 quilates que seja totalmente livre de outros minerais e impurezas, como é o Rosa Eterno.

Esse não foi o único objeto recordista leiloado pela Sotheby’s na quinta-feira. Um rubi moçambicano de 55,22 quilates conhecido como “Estrela Fura” também foi arrematado pelo mesmo preço do diamante rosa.

Em 2022, o maior diamante rosa bruto descoberto nos últimos 300 anos foi escavado na região da Lunda Norte, em Angola. Chamada de “Lulo Rose”, a pedra tem 170 quilates.