Um recente episódio racista na Bluesky mostrou como a rede social está enfrentando problemas durante seu crescimento. Após mudar a política de moderação, uma discussão acalorada contra uma usuária negra está fazendo a comunidade marginalizada se questionar se a plataforma é segura.
Tudo começou quando um bug de codificação notificava cada usuário toda vez que alguém respondia ao tópico. Com isso, o tópico se tornou um quadro de discussão caótico e aparentemente infinito, com vários subtópicos atrelados a ele.
No meio disso tudo, a usuária Alice fez várias postagens racistas, incluindo uma que dizia que Aveta – uma engenheira de software que batalha para expandir a comunidade negra na plataforma – fosse empurrada de “um lugar realmente alto”.
Aveta e outros usuários denunciaram o comentário de Alice como uma violação da política que proíbe violência extrema na plataforma. Porém, para indignação dos usuários, não apenas a Alice não foi bloqueada, como uma mudança nas políticas da plataforma parecia desculpar comentários racistas como os feitos.
“Não toleramos ameaças de morte e continuaremos a remover contas quando acreditarmos que suas postagens representam assédio direcionado ou uma ameaça crível de violência. Mas nem toda linguagem acalorada cruza a linha para uma ameaça de morte”, disse Jay Graber, CEO da Bluesky, no fim de semana.
À medida que a Bluesky cresce, também aumenta a pressão para que ela seja capaz de reprimir discurso de ódio e outros comentários violentos. Atualmente, a rede social alternativa ao Twitter conta com cerca de 100 mil usuários (o dobro que tinha no fim de abril).
Apesar de ser uma rede social descentralizada, muitos usuários esperam que a Bluesky seja mais proativa em bloquear o fanatismo na plataforma. No entanto, isso poderá ser ainda mais complicado quando a rede social se tornar federada.
Isso significa que, de acordo com a nova política de moderação de conteúdo da Bluesky, um usuário suspenso por discurso de ódio ou por fazer ameaças violentas ainda poderá participar da rede social a partir de outros servidores executados no protocolo AT.
Via TechCrunch.
Fonte: Olhar Digital
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