Os mais de 20 mil cortes de empregos realizados pela Meta nas suas equipes continuam prejudicando a moral dos trabalhadores, contaram atuais e ex-funcionários ao The Washington Post. E o CEO Mark Zuckerberg, aparentemente, aposta em avanços na IA (inteligência artificial) para melhorar isso e os resultados da empresa.
Para quem tem pressa:
Numa reunião com toda a empresa, realizada nesta semana, Zuckerberg falou sobre as inovações da empresa em inteligência artificial, incluindo um conjunto de novas ferramentas que os trabalhadores já podem começar a experimentar.
Situação atual na Meta
Funcionários que restaram passaram semanas dividindo as responsabilidades que seus ex-colegas de trabalho deixaram para trás, de acordo com quatro funcionários atuais e ex-funcionários, que falaram sob condição de anonimato.
Muitos estão se acostumando com novos gerentes, aprendendo funções completamente novas e – em alguns casos – apenas tentando entender o que está acontecendo.
Mesmo antes das últimas demissões, no final de maio, uma pesquisa com funcionários realizada pela empresa constatou que apenas 26% dos entrevistados expressaram confiança na liderança.
Foi uma queda de cinco pontos percentuais em relação a outubro de 2022, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto. E 43% dos funcionários receptivos disseram que se sentiam valorizados – uma queda de 15 pontos percentuais.
A Meta não respondeu ao pedido de comentário do jornal sobre o assunto.
Contexto
A Meta faz parte de uma tendência mais ampla de empresas no Vale do Silício que passaram por um boom de contratações e ultimamente têm lutado para se firmar em meio a difíceis condições econômicas. Google, Microsoft, Amazon e outros também demitiram dezenas de milhares de pessoas.
Zuckerberg – o único fundador ainda no comando da big tech – enfrenta a assustadora tarefa adicional de tentar transformar sua empresa e sua missão. Em 2021, ele anunciou que mudaria o nome de Facebook para Meta, sinalizando a aposta total da empresa no “metaverso”, uma versão imersiva da internet.
Porém, agora ele também deve transformar a gigante da mídia social numa empresa de tecnologia mais simplificada e menos burocrática, enquanto tenta restaurar e até aumentar a fé de seus funcionários no futuro e na cultura da empresa.
Zuckerberg disse querer que o local de trabalho se torne “mais fragmentado”, à medida que desfaz uma cultura de gerenciamento que foi usada para ganhar dinheiro fácil e aumentar a força de trabalho.
Até agora, Wall Street recompensou Zuckerberg pelo aperto de cinto na Meta. Isso porque as ações da empresa subiram mais de 100% desde o início de 2023.
Meta e IA
Após anos de foco no metaverso, os executivos da empresa têm falado mais sobre inteligência artificial em mensagens recentes – parte da tendência que envolve o mundo da tecnologia atualmente. Zuckerberg disse que a empresa mantém seu compromisso com o metaverso e IA.
Na reunião desta semana, Zuckerberg e outros executivos falaram sobre as ambições da empresa de se tornar um player sério em IA, incluindo algumas inovações em suas redes de mídia social, de acordo com um dos funcionários.
A Meta planeja revelar figurinhas com IA que podem ser postados em mensagens, adicionando comentários visuais à conversa. Uma nova ferramenta de geração de fotos com IA poderá transformar as fotos dos usuários por meio de um prompt de texto.
A empresa também vai começar a permitir que os funcionários experimentem agentes de inteligência artificial de conversação – com base em seu grande modelo de linguagem, LLaMA – que são semelhantes ao ChatGPT.
Além disso, os funcionários da Meta poderão experimentar um assistente de produtividade interno que pode ajudá-los em tudo, desde escrever código até lembrá-los sobre os horários de serviço de transporte da empresa.
Com informações de The Washington Post
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Fonte: Olhar Digital
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