Na noite deste domingo (11), um asteroide com tamanho médio estimado em 457 metros de diâmetro vai passar próximo à Terra – “próximo”, em proporções astronômicas, obviamente. Se os cálculos estiverem corretos, essa rocha espacial é maior do que o morro do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, que tem 396 metros de altura.

De acordo com a NASA, o momento de maior aproximação está previsto para às 21h53 (pelo horário de Brasília), quando o objeto, denominado (488453) 1994 XD, estará a 3,16 milhões de quilômetros do nosso planeta. Isso é mais ou menos oito vezes a distância da Lua em relação à Terra.

Tamanho do famoso asteroide Apophis (450m) comparado ao Empire State, em Nova York (443m), à Torre Eiffel, em Paris (324m), e ao Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro (390m). O asteroide binário (488453) 1994 XD pode ser ainda maior que esse. Crédito: Asteroid Day Brazil

Para quem estiver interessado em testemunhar o evento, haverá uma transmissão online em tempo real pelo Virtual Telescope Project (Projeto Telescópio Virtual), um serviço prestado pelo Observatório Astronômico Bellatrix, com sede em Roma, na Itália, a partir das 19h (saiba mais).

Asteroide binário potencialmente perigoso

Na verdade, (488453) 1994 XD é um asteroide binário, ou seja, um sistema formado por dois objetos orbitando um centro de massa comum. O asteroide principal foi descoberto em 1994, pelo Observatório Nacional de Kitt Peak (EUA), enquanto seu companheiro só foi detectado em 2005, pelo radar do Observatório de Arecibo (Porto Rico).

Embora esse sistema seja considerado um “asteroide potencialmente perigoso” (PHA), não há motivo algum para preocupação.

Pela definição da União Astronômica Internacional (IAU), são classificados como PHA todos os objetos que se aproximem da Terra a menos de 7,5 milhões de Km e que tenham potencial para causar danos regionais significativos em caso de impacto, o que ocorre com asteroides com mais de 140 metros.

A NASA estimou as trajetórias de todos esses objetos próximos até depois do fim deste século, descobrindo que o nosso planeta não enfrenta nenhum perigo conhecido de uma colisão apocalíptica de asteroides pelo menos nos próximos 100 anos.