Uma estátua de elefante foi desenterrada no leste da Índia enquanto arqueólogos investigavam a herança budista da região. Acredita-se que ela date de 2300 anos atrás, período em que a religião começava a surgir no local.
Os pesquisadores da Indian National Trust for Art and Cultural Heritage (INTACH) encontraram a estátua em uma vila às margens do rio Daya, no distrito de Puri, em Odisha, local onde o budismo floresceu. O elefante foi esculpido na rocha e possui cerca de 1 metro de altura, sendo muito semelhante com outras estátuas budistas de elefantes encontradas em outros locais de Odisha.
Além da estátua, também foram encontradas peças arquitetônicas de um templo budistas e outras relíquias.
Budismo na Índia
O budismo surgiu por volta do século 6 ou 5 a.C no norte da Índia, e durante o reinado do imperador Ashoka do Império Maurya, no século 2 a.C, se tornou uma das principais religiões no país, estando presente até mesmo em regiões que hoje compreende o Paquistão, menos no sul do subcontinente. Na região de Odisha, a religião dominou entre os séculos 3 a.C a 2 d.C.
No entanto, o budismo se tornou menos presente no país a medida que algumas das suas práticas foram incluídas ao hinduísmo e quando o islamismo chegou a região no século 10. Mesmo que a religião esteja presente em outras regiões da Ásia atualmente, apenas 0,7% da população indiana a segue atualmente.
A importância do elefante está provavelmente ligada ao fato de que na Índia antiga o animal estava associado às chuvas e a fertilidades durante as monções. Além disso, ele também era a montaria do deus pré-budista Indra, que depois foi incluído ao budismo como um discípulo de Buda, chamado de Sakka.
Mas a conexão direta entre o animal e a religião surgiu com a história de que a mãe de Buda sonhou que um elefante branco havia entrado em seu ventre depois dele ter sido concebido.
Fonte: Olhar Digital
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