Conforme noticiado pelo Olhar Digital, astrônomos detectaram, há pouco mais de três semanas, a mais próxima explosão estelar registrada nos tempos. A supernova está posicionada tão perto da Terra (em termos astronômicos, obviamente), que pode ser vista através de um simples telescópio de quintal.
Classificada como uma supernova do tipo II e designada SN 2023ixf, ela está localizada na Galáxia do Catavento, também conhecida como Messier 101, na Constelação de Ursa Maior, a 21 milhões de anos-luz de distância do nosso planeta.
Isso a torna o exemplo mais próximo de uma supernova desse tipo confirmada desde 2014. As estimativas atuais são de que a explosão tenha atualmente a magnitude -14, o que a coloca dentro da capacidade de um telescópio doméstico de tamanho médio de visão noturna.
Agora, vem a parte mais interessante da história: um artigo disponibilizado este mês no servidor de pré-impressão arXiv, ainda a ser revisado por pares para publicação, propõe que a SN 2023ixf pode vir a ser usada por seres alienígenas como um sinal de comunicação com a Terra.
Equipe busca por tecnoassinaturas alienígenas na supernova SN 2023ixf
Os responsáveis pelo estudo são astrônomos de quatro instituições dos EUA – a Universidade de Washington, o Instituto SETI, a Universidade de Yale e o Smith College. Eles sugerem que, se (e somente se) existirem civilizações alienígenas nas proximidades dessa supernova, seu brilho intenso seria propício para chamar a atenção do nosso planeta.
Ser classificada como uma supernova do tipo II significa que, anteriormente, ela era uma estrela com pelo menos oito vezes o tamanho do Sol. A luz de tal explosão, segundo a equipe, pode permanecer visível a partir de qualquer lugar da Terra durante vários meses ou até mesmo alguns anos.
Para procurar sinais alienígenas nas imediações do evento, os pesquisadores estão usando o que descrevem como um “elipsoide SETI*” – uma zona em forma oval do espaço ao redor da área onde a supernova explodiu.
Eles definiram essa área, que inclui cerca de 100 estrelas, com base no período de tempo estimado em que tanto os alienígenas quanto os cientistas na Terra poderiam ser capazes de ver a luz da explosão.
Nesse processo, a equipe analisa dados do Allen Telescope Array (ATA), na Califórnia, e do Green Bank Telescope (GBT), na Virgínia Ocidental, no que chamam de “monitoramento de tecnoassinatura de rádio”.
Os pesquisadores reconhecem que a probabilidade de encontrar um sinal alienígena é remota, mas dizem que seria lamentável se um sinal realmente fosse transmitido e ninguém aqui na Terra estivesse atento.
*SETI é a sigla em inglês para Search for Extraterrestrial Intelligence, que significa Busca por Inteligência Extraterrestre
Fonte: Olhar Digital
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