Novo estudo da Universidade de Adelaide, Austrália, apontou que o comércio ilegal de macacos para fins de pesquisas científicas está aumentando as chances de outras pandemias. Durante o estudo, os cientistas utilizaram dados do banco de dados comercial da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES).
As informações coletadas foram de dados entre os anos de 2000 a 2020. Eles descobriram que menos de um terço dos registros sobre as remessas comerciais de macacos continham dados de importação e exportação — extremamente importantes para o controle biológico da espécie.
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Com as grandes irregularidades nos números do comércio de importação e exportação de macacos, os pesquisadores pedem que as entidades apliquem estratégias mais duras para conter o comércio ilegal.
O mais preocupante foram as discrepâncias comerciais relatadas entre 2019 e 2020, quando o Camboja aumentou significativamente suas exportações de macacos, enquanto a China interrompeu todas as suas exportações.
Dra. Anne-Lise Chaber, autora sênior da pesquisa
“As discrepâncias comerciais sugerem potencial atividade ilegal ou reprodução imprópria de macacos, o que aumenta as preocupações com a saúde pública”, afirma Chaber. “O comércio de macacos pode aumentar o risco de transmissão de doenças aos humanos. Isso é agravado pelo fato de os macacos serem parentes próximos dos humanos.”
Os animais que são comercializados podem estar estressados, desnutridos e mantidos em condições anti-higiênicas com altas densidades de estocagem. Essas condições são terreno fértil perfeito para transferência de doenças infecciosas.
Dra. Anne-Lise Chaber, autora sênior da pesquisa
O principal foco da pesquisa é o desenvolvimento de estratégias de aplicação da lei mais rígidas no mundo todo, que incluam triagem aleatória de animais comercializados e auditorias de instalações de reprodução como forma de tentar conter o comércio ilegal.
Com informações de Phys.org
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Fonte: Olhar Digital
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