Um juiz dos Estados Unidos aceitou na noite de terça-feira (13) o pedido da Federal Trade Commission (FTC) para bloquear temporariamente a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft. No entanto, uma audiência com o órgão regulador para definir se uma revisão do acordo é realmente necessária foi marcada para 22 e 23 de junho. 

O que aconteceu? 

Com base na audiência do final de junho, o tribunal federal decidirá se uma liminar — que seria válida durante a revisão administrativa do caso — é de fato necessária. Segundo Edward Davila, juiz distrital dos EUA que concedeu autorização à FTC, a ordem de restrição temporária é precisa enquanto a queixa do órgão antitruste está pendente. 

[o bloqueio temporário] é necessário para manter o status quo enquanto a queixa estiver pendente (e) preservar a capacidade deste tribunal de ordenar alívio efetivo no caso de determinar que uma liminar é necessária e preservar a capacidade da FTC de obter um recurso permanente efetivo no caso de prevalecer em seu processo administrativo pendente. 

Edward Davila, juiz distrital dos EUA.

Para a Microsoft, “uma ordem de restrição temporária faz sentido até que possamos receber uma decisão do tribunal, que está se movendo rapidamente”. De acordo com informações da Reuters, a Microsoft e a Activision devem apresentar argumentos legais contra a liminar até 16 de junho; a FTC deve responder em 20 de junho. 

Vale lembrar que, no caso do bloqueio no Reino Unido — que demonstrou receios no campo dos jogos em nuvem — a Microsoft assinou acordos de licenciamento por 10 anos com a Nware, Nintendo, Nvidia, Ubitus, Valve e Boosteroid. O intuito é garantir o acesso principalmente à franquia Call of Duty, uma das mais importantes e valorizadas (e que é de propriedade da Activision).  

A mesma proposta foi feita à Sony, a mais crítica sobre a fusão das empresas. A companhia ainda não chegou a um acordo com a rival.