Na Via Láctea existem estrelas desviadas por supernovas que estão tão rápidas, que suas trajetórias permitiram facilmente que elas deixassem a galáxia. Até então pensava-se que só existiam dez desses objetos. Mas agora um novo estudo descobriu mais seis fugitivas, duas das quais possuem as maiores velocidades radiais já observadas em estrelas em fuga.
As supernovas capazes de fazer com que estrelas entrem em rota de fuga da Via Láctea são as do tipo 1a. Elas surgem quando uma anã branca em um sistema binário começa a sugar o material de sua vizinha, até que fique grande e exploda, devido a não conseguir resistir a sua própria pressão gravitacional.
Estrelas em fuga e supernovas
As estrelas fugitivas causadas pelas supernovas 1a são, na verdade, o núcleo morto delas. Mas agora os pesquisadores descobriram que existe outro tipo de supernova que também pode causá-las, a 1ax. Ambas são semelhantes, no entanto, a segunda conta com duas detonações, uma na casca e outra no núcleo, lançando a outra em velocidades ainda mais rápidas.
Essas anãs brancas fugitivas são armas fumegantes de detonações duplamente degeneradas
Trecho do artigo
As análises dessas estrelas fugitivas permite que os pesquisadores determinem qual dos tipos de supernova a originou. À medida que o número desses objetos cresce, melhor os pesquisadores podem entender a frequência com que os eventos que as originam ocorrem.
A estrela em fuga mais rápida da Via Láctea é a J0927, que possui uma velocidade radial de 2.285 km/s, seguida pela J1235, com 1.694 km/s, ambas recém-descobertas. Próximas ao buraco negro central, Sagittarius A*, existem outras que podem estar viajando em velocidades próximas, no entanto, elas não são fugitivas.
Fonte: Olhar Digital
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