Dando continuidade à sua “turnê mensal” de junho pelos planetas do Sistema Solar, a Lua vai visitar Mercúrio nesta sexta-feira (16), aparecendo bem pertinho dele no céu em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica.
Do ponto de vista de um observador situado na cidade de São Paulo, a dupla será visível das 5h32 às 16h23 (todos os horários mencionados têm como referência o fuso de Brasília).
Sendo assim, de acordo com o guia astronômico In-The-Sky.org, o momento exato da conjunção (quando os dois astros compartilham a mesma ascensão reta – coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre) não poderá ser observado, já que isso ocorre às 17h40.
Ainda segundo a plataforma, a Lua estará com magnitude de -8.3, e a de Mercúrio será de -0.8, ambos na constelação de Touro. Quanto mais brilhante um corpo parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.
Eles não estarão próximos o suficiente para caber dentro do campo de visão de um telescópio, mas poderão ser vistos a olho nu ou através de um par de binóculos.
Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e tem uma característica que muitas pessoas desconhecem: uma cauda. Segundo a NASA, a fina atmosfera do planeta é composta principalmente de oxigênio (O2), hidrogênio (H2), hélio (He), potássio (K) e pequenas partículas de sódio (Na), que brilham quando excitadas pela luz solar. A luz do Sol também libera e separa esses átomos provenientes da superfície.
Depois de Mercúrio, os próximos planetas a fazer conjunção com a Lua este mês serão Vênus (21) e Marte (22). Essa série de conjunções ocorre porque a Lua orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.
Lua atinge o periélio neste sábado
Na manhã de sábado (17), depois de “se despedir” de Mercúrio, a Lua alcançará o periélio, que é o ponto de sua órbita mais próximo do Sol. O momento exato será às 10h26, quando ela estará a pouco mais de uma unidade astronômica (UA) da nossa estrela hospedeira – algo em torno de 150 milhões de km.
Isso acontece algumas horas antes da lua nova, que começa à 1h37 da manhã de domingo (18). Esta fase marca o início do mês em calendários lunares, como o muçulmano, e nos calendários lunissolares, tais como o judaico, o hindu e o budista.
Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, a Lua passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).
Fonte: Olhar Digital
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