O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que as disputas entre sua gestão e representantes do agronegócio se devem a uma questão ideológica, e não econômica. O petista tem tentado se aproximar da bancada ruralista, que conta com a participação de cerca de 300 dos 513 deputados do Congresso Nacional. Durante entrevistas a rádios de Goiás, nesta quinta-feira, 15, o presidente afirmou que não está preocupado se gostam ou não dele, mas com que o país cresça. “O problema deles conosco é ideológico, não é problema de dinheiro a mais no Plano Safra. Não quero saber se produtor rural gosta de mim ou não”, disparou. O setor possuía afinidade com o antecessor de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Por isso, o petista busca uma aproximação. Parte desse plano inclui a liberação de R$ 3,6 bilhões para o Plano Safra e de outros R$ 4 bilhões em linha de financiamento em dólar para investimentos no Crédito Rural. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também anunciou uma linha de crédito de R$ 7,6 bilhões para investimentos em sustentabilidade, ampliação da capacidade de armazenagem de produtos e segurança alimentar para negócios do setor. “Não estou preocupado com o fulano e ciclano pensa de mim. Estou preocupado que se as pessoas forem honestas comigo tem que dizer em alto e bom som: nunca antes na história desse país a agricultura foi tão bem tratada como no governo Lula”, disse o presidente. O setor é um importante aliado econômico para o país. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,9% no primeiro trimestre do ano. O desempenho do índice foi puxado pelo crescimento de 21,6% da agropecuária, maior alta para o setor desde o quarto trimestre de 1996.
Fonte: Jovem Pan News
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