O Exército Brasileiro confirmou, nesta sexta-feira, 16, que barrou a ida do coronel da artilharia Jean Lawand Júnior para o posto de adjunto do adido militar em Washington, nos Estados Unidos. A decisão ocorre após a publicação de uma reportagem da revista Veja, na qual o oficial aparece em troca de mensagens com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro incentivando uma tentativa de golpe de Estado contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em resposta à Jovem Pan, a assessoria de comunicação do Exército explicou que o afastamento é necessário para que Lawand preste esclarecimentos sobre o tema.
“Este Centro informa, ainda, que o Coronel Lawand foi substituído na missão para a qual foi designado, para que possa esclarecer todos os fatos atinentes à situação em questão. Por fim, consciente de sua missão constitucional e do compromisso histórico com a sociedade brasileira, o Exército reafirma sua responsabilidade pela fiel observância dos preceitos legais e preservação dos princípios éticos e valores morais”, informou o órgão por meio de nota. A nota informa que as opiniões individuais do militar não representam a das Forças Armadas. “Opiniões e comentários pessoais não representam o pensamento da cadeia de comando do Exército Brasileiro e tampouco o posicionamento oficial da Força. Como Instituição de Estado, apartidária, o Exército prima sempre pela legalidade e pelo respeito aos preceitos constitucionais. Os fatos recentes somente ratificam e comprovam a atitude legalista do Exército de Caxias”, afirma o Exército.
Formado na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Sul do Estado do Rio de Janeiro, o coronel de artilharia do Exército Jean Lawand Júnior, de 51 anos, é citado em investigações da Polícia Federal (PF) como um dos militares do alto escalão das Forças Armadas que incentivou uma tentativa de golpe de Estado após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições do ano passado.
Fonte: Jovem Pan News
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