Graças aos avanços recentes conquistados por cientistas que estudam o Alzheimer, existem novas abordagens para estudar a doença. Entre elas, estão as linhas de pesquisa focadas em diferentes sintomas dos pacientes, que estudaram a origem do problema antes do agravamento. E elas trazem esperança de que a cura do Alzheimer esteja a alguns anos de distância.
Para quem tem pressa:
O investimento nos estudos sobre o Alzheimer têm aumentado cada vez mais. E dado frutos. Por exemplo, o professor John Hardy, da University College de Londres, estuda a doença há 30 anos e descobriu que em pacientes acometidos pela doença o cérebro está envolvido por placas de proteína (beta-amiloides ou amiloides). Elas prejudicam a passagem dos impulsos nervosos entre um neurônio e outro.
No entanto, a descoberta do professor já não é suficiente. Por dois motivos. Primeiro: algumas pessoas vivem sem sintomas de Alzheimer e, depois da morte, autópsias revelam que elas tinham cérebros cheio de placas amiloides. Segundo: os remédios criados após a descoberta não tiveram a eficácia esperada.
Lá no começo, a gente achava que o medicamento contra as placas amiloides seria uma bala mágica. Mas primeiro foi difícil desenvolver os remédios. E mesmo quando esses remédios funcionam, não são uma bala mágica. Vamos precisar descobrir mais coisas.
John Hardy, professor da University College de Londres
Mais descobertas sobre Alzheimer
Além das placas de proteína no cérebro descobertas por Hardy, acredita-se que outra saída seja a inflamação que o cérebro tem com o Alzheimer. É que foram encontradas nas autópsias, junto com as placas amiloides, células de defesa que têm como função limpar o cérebro, chamadas microglias. No entanto, com o passar do tempo, as microglias perdem a eficácia e se tornam parte da “sujeira”, matando mais neurônios.
Até o professor Hardy resolveu olhar com uma nova abordagem para o problema. “Entre 2007 e 2014 saíram artigos muito bons sobre o papel das micróglias no Alzheimer. Então percebemos que precisávamos pesquisar isso também”, disse.
Os cientistas têm, no entanto, mais uma suspeita forte: a proteína Tau. Ela forma emaranhados dentro dos neurônios. E a grande maioria das pessoas que têm esses emaranhados apresenta sintomas de Alzheimer.
A gente observa que a Tau tem muita relação com a gravidade da doença tanto do ponto de vista de sintomas de memória, linguagem, mas também de sintomas neuropsiquiátricos.
Claudia Suemoto, professora de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP
Cura da doença
As três descobertas sobre o Alzheimer fazem com que alguns cientistas passem a estudar a origem do problema bem antes dos primeiros sintomas. Esse fator, em cada uma das linhas de pesquisa, pode fazer com que a cura seja descoberta em uma das frentes em um futuro não tão distante, de acordo com a cientista Malú Tansey.
Tenho muita, muita esperança de que a cura venha ainda no meu tempo de vida. E olha que não sou tão jovem. Em 15 anos talvez a gente se livre dessa doença. As descobertas de hoje são os medicamentos de amanhã.
Malu Tansey, cientista
Confira abaixo os sintomas do Alzheimer:
Com informações do Fantástico
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Fonte: Olhar Digital
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