O supervulcão Campi Flegrei, localizado na província de Nápoles, na Itália, pode estar se aproximando de uma possível erupção, alertam cientistas. Esses são os primeiros sinais de atividades desse gigante rochoso, que segue adormecido desde 1538.

As crostas do Campi Flegrei estão ficando cada vez mais fracas e propensas a se romper, “tornando uma erupção mais provável”, aponta a pesquisa publicada na revista Communications Earth & Environment. “Nosso novo estudo confirma que Campi Flegrei está se aproximando da ruptura”, afirma Christopher Kilburn, principal autor do estudo.

Se uma nova erupção ocorresse, o supervulcão poderia lançar rocha derretida e gases vulcânicos para a estratosfera, desencadeando tsunamis de até 33,5 metros de altura, afirmaram os cientistas. Como resultado, uma nuvem de enxofre e cinzas tóxicas se espalharia, podendo mergulhar a Terra em um tipo de inverno global — matando colheitas e causando extinções em massa.

Visão de satélite da paisagem do Campi Flegrei / Imagem:  Copernicus Sentinel 2017/Orbital Horizon/Gallo Images/Getty Images

Nem tudo está perdido (ufa!)

Se você leu essa notícia até aqui, deve estar preocupado. Mas, calma! Existe uma ponderação importante:

Isso não significa que uma erupção é garantida. A ruptura pode abrir uma rachadura na crosta, mas o magma ainda precisa ser empurrado para o local certo para que uma erupção ocorra.

Christopher Kilburn

Por mais que o Campi Flegrei seja conhecido como um supervulcão, essa categoria não é realmente oficializada para ele. Para isso, os supervulcões devem provocar erupções da mais alta magnitude — relativo a um 8 no Índice de Explosividade do Vulcão —, expelindo mais de mil quilômetros cúbicos de material no processo. No entanto, o Campi Flegrei ainda não foi capaz de atingir esse marco. Conheça mais sobre ele:

“É o mesmo para todos os vulcões que estão quietos há gerações. Campi Flegrei pode estabelecer uma nova rotina de subir e descer suavemente, como visto em vulcões semelhantes em todo o mundo, ou simplesmente retornar ao repouso”, afirma Stefano Carlino, pesquisador da Observatório do Vesúvio.

Com informações de Space

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