Mecânico de grupo criminoso é executado em Dourados e estava sob ameaças
Um mecânico identificado como Gabriel Vítor da Silva Morais, de 24 anos, foi morto a tiros enquanto trabalhava em uma oficina mecânica em Dourados, no dia 29 de abril de 2023. De acordo com informações do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, Gabriel fazia parte de uma organização criminosa envolvida em diversos assassinatos.
O grupo atuava na cidade de Ji-Paraná, em Rondônia, e era responsável por serviços de cobrança e eliminação de rivais. O crime ocorreu a mais de 370 quilômetros de distância da capital do estado, Porto Velho. A investigação, conduzida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Dourados, resultou em mandados de prisão para três suspeitos do homicídio.
Operação ‘Queima de Arquivo’
Agnaldo Vioto Terras, de 42 anos, Sonival Carlos dos Santos, de 41 anos, e Valdiclei Barboza de Oliveira, de 29 anos, são acusados de executar Gabriel na oficina mecânica em Dourados. A investigação revelou que o mecânico fazia parte de um grupo que realizava cobranças e atuava na cidade de Ji-Paraná, onde ocorreram diversos assassinatos.
Gabriel estava sendo ameaçado de morte e decidiu se mudar para Dourados para escapar das ameaças. A polícia de Mato Grosso do Sul, em colaboração com equipes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil de Rondônia, deflagrou a operação “Queima de Arquivo” para esclarecer o caso. Além dos mandados de prisão, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Ji-Paraná.
Os trabalhos investigativos estão em andamento.
Planejamento e execução
Durante a investigação, foi descoberto que os três suspeitos saíram de Ji-Paraná dias antes do homicídio e percorreram mais de dois mil quilômetros até Ponta Porã, na fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai. Eles contrataram um motorista de aplicativo para levá-los de Ponta Porã até Dourados, alegando resolver um desacerto financeiro com um funcionário de uma oficina mecânica.
Em Dourados, eles passaram pela frente do estabelecimento no centro da cidade e estiveram no local onde abandonaram um veículo após a execução de Gabriel, antes de retornarem para Ponta Porã. No dia anterior ao crime, os suspeitos retornaram a Dourados com o objetivo de resolver a situação do carro.
Gabriel Vítor foi atingido por tiros e morreu no local. No total, foram recolhidas 11 cápsulas de pistola 9 milímetros na cena do crime. As evidências coletadas, como relatórios de investigação, exame de corpo de delito, exame do local da morte e levantamento de impressões digitais em um veículo, comprovam a autoria do crime.
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