A seleção brasileira realizou seu último amistoso antes do início das eliminatórias, em setembro, e teve uma atuação preocupante. No estádio Alvalade, em Lisboa, o Brasil acabou derrotado diante de Senegal, de virada, pelo placar de 4 a 2.
Depois de um bom início de partida, a seleção permitiu a reação dos senegaleses, que mostraram imposição física durante todo o jogo. Lucas Paquetá e Marquinhos marcaram para a seleção Canarinho, mas o gol do jogo foi a pintura de Sadio Mané.
Ainda sem um técnico fechado, apesar do acerto verbal com Carlo Ancelotti para 2024, o Brasil volta a campo nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 e encara Bolívia, Peru e Venezuela.
Jogo pegado
Antes da bola rolar no estádio Alvalade, a ausência do atacante Rodrygo foi confirmada, com dores no joelho. O mesmo aconteceu com Casemiro, este de forma inesperada, também com um problema no joelho. Com a baixa do volante do Manchester United, Ramon Menezes promoveu as entradas de Bruno Guimarães e Malcom.
Assim que foi dado o pontapé de saída, o Brasil tratou de dominar as ações na partida. Vinícius Júnior era o jogador mais acionado, e o primeiro chute a gol veio na sequência de tentativa do camisa 10. Depois da sobra, Bruno Guimarães efetuou o primeiro arremate do duelo, aos quatro.
O gol empurrou ainda mais a seleção. Logo na sequência, Richarlison recebeu passe na medida de Malcom e quase ampliou. Depois de um susto na defesa, em cabeceio de Diallo, o Brasil teve pênalti assinalado sobre Vinícius. O atacante do Real Madrid, no entanto, estava em posição irregular no início da jogada.
Senegal, por sua vez, começou a ganhar terreno principalmente pela esquerda com Sarr e Sabaly, que dificultavam a vida de Ayrton Lucas. O empate dos africanos, porém, veio de bola parada. Depois de cobrança de escanteio, Diallo pegou a sobra e soltou uma bomba. Brasil 1, Senegal também 1.
Se o Brasil foi melhor na primeira parte do jogo, o mesmo não pode ser dito após o gol dos senegaleses. Com muita imposição física e explorando as dificuldades do Brasil na recomposição defensiva, Senegal cresceu na partida e poderia ter virado o jogo. Sarr, aos 33, foi o responsável pela melhor chance do restante da primeira etapa em chute cruzado para boa defesa de Ederson. Final de primeiro tempo: Brasil 1, Senegal também 1.
Festa senegalesa
A etapa complementar não poderia começar pior para a seleção brasileira. Logo aos seis minutos, Sarr buscou Diallo na área e Marquinhos desviou contra o próprio patrimônio.
Os senegaleses seguiram no abafa. A bola ficou perigosamente rondando a área do Brasil até que Mané fez arte. Com um chute colocado, o atacante do Bayern não deu chances a Ederson e arrancou aplausos no José Alvalade.
Em seu pior momento na partida, o Brasil respondeu rapidamente mesmo com o baque sofrido. Já com Pedro e Rony em campo nos lugares de Richarlison e Malcom, bola na área dos senegales e Marquinhos tocou de cabeça. A bola subiu muito e morreu no fundo das redes de Diaw.
Apesar da rápida reação, a equipe de Ramon Menezes apresentava poucas soluções ofensivas. O excesso de lançamentos longos para Rony e Pedro era o retrato de uma equipe que não conseguia reter a bola e envolver a defesa de Senegal.
A partida já era quente, mas a tampa ferveu aos 43 da etapa final. Depois de entrada dura de Diatta sobre Bruno Guimarães, os jogadores se exaltaram e precisaram ser contidos. Ao todo, quatro jogadores foram advertidos com o cartão amarelo.
Nos acréscimos, ainda houve tempo para uma penalidade a favor de Senegal. Nicolas Jackson aproveitou a seleção desesperada em busca do empate, avançou sozinho e foi derrubado por Ederson. Na cobrança, Mané deslocou Ederson e definiu o placar em Alvalade: Brasil 2, Senegal 4.
Fonte: Ogol
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