Autoridades dos Estados Unidos rastrearam trabalhadores da Huawei circulando por empresas de telecomunicações chinesas em Cuba consideradas suspeitas. Por mais que a Huawei e a ZTE não sejam conhecidas por fabricar ferramentas para espionagem, as empresas em questão na ilha são especializadas em tecnologias que podem ser utilizadas para isso.

Saiba de onde surgiram as suspeitas:

Após as acusações, a Huawei emitiu um comunicado negando “tais acusações infundadas”. E complementou estar “comprometida com o cumprimento total das leis e regulamentos aplicáveis ​​onde operamos”.

Pequim “continuará tentando aumentar sua presença em Cuba e continuaremos trabalhando para interrompê-la”. É o que disse Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA. Ele também disse, a alguns colegas em Pequim, que o país tinha “profundas preocupações” com a espionagem da China e as atividades militares em Cuba. 

Isso é algo que vamos monitorar muito, muito de perto, e temos sido muito claros sobre isso. E protegeremos nossa pátria; protegeremos nossos interesses.

Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA

Pedido de explicações aos EUA

Congresso dos EUA
Congresso dos EUA (Imagem: Pixabay)

Mike Gallagher, presidente do Comitê Bipartidário do Partido Comunista Chinês, enviou uma carta à Diretora de Inteligência Nacional, Avril Haines, buscando explicações sobre as políticas dos EUA para controlar a exportação de tecnologia estadunidense para as empresas de telecomunicações chinesas.

Nessa carta, Gallagher afirma que a Huawei tem auxiliado o governo cubano na modernização da infraestrutura local de telecomunicações e internet desde os anos 2000. Ele também destaca que a empresa, junto a ZTE e o Great Dragon Information Technology Group, mantém presença comercial regular na ilha. 

As suspeitas de espionagem acontecem em paralelo aos esforços dos Estados Unidos para convencer seu aliados a fechar a Huawei. E deixá-la de fora das redes de telecomunicações de próxima geração.

Com informações de The Wall Street Journal