Pesquisadores da Pennsylvania State University, nos EUA, desenvolveram ensaio digital capaz de medir a presença do vírus da imunodeficiência humana (HIV) em única gota de sangue.
Publicado no ACS Nano, esse estudo visa ser alternativa mais rápida e prática que o método padrão de medir a carga viral — que deve ser feito diversas vezes durante o tratamento para monitorar a eficácia do tratamento. Entenda como a carga viral é medida nos exames convencionais:
Segundo o autor do novo estudo, Weihua Guan, esse projeto é grande passo para diagnosticar clinicamente diversas doenças infecciosas. Nos testes comuns para a carga viral da imunodeficiência humana, são coletadas amostras de material genético, que são ampliadas e comparadas com a amostra de referência — como o teste RT-PCR, produz estimativa aproximada da carga viral do paciente.
Com a nova tecnologia, a equipe de Guan utiliza abordagem mais direta, chamada de Autodigitalização por particionamento automatizado baseado em membrana (STAMP), mais barata, mais rápida e requer menos sangue do que o RT-PCR.
É assim que funciona: pegamos pequena amostra do sangue de uma pessoa e extraímos o RNA viral — o material genético do vírus – dela […] Em seguida, misturamos esse RNA com proteína especial chamada Cas13, que faz parte do sistema CRISPR.
Weihua Guan
“Ao contar o número de gotículas que mostram esse sinal, podemos determinar a quantidade de HIV no sangue da pessoa”, disse Guan. “Quanto mais gotículas com o sinal, maior a carga viral.” O autor do projeto afirma que o CRISPR-Cas13 é “ferramenta revolucionária”, e permitirá aos pesquisadores direcionar e manipular sequências de RNA.
“Embora sejam necessárias mais melhorias para aumentar seu limite de detecção e automatizar a configuração, o método CRISPR digital baseado em STAMP mostra grande potencial para o avanço do monitoramento da carga viral do HIV”, defendeu o pesquisador.
Com informações de MedicalXpress
Fonte: Olhar Digital
Comentários