A Terra é formada por 4 camadas, a crosta, o manto, o núcleo interno e o externo. O último é o mais profundo e possui cerca de 2400 quilômetros de diâmetro. Ele é formado basicamente de ferro e níquel a temperaturas de 6000 °C, apesar dele ser muito quente, sua condição física é sólida.
Para calcular a temperatura da camada, os pesquisadores baseiam-se na pressão estimada de determinado ponto e o quão quente eles podem estar no estado sólido. Quando a pressão é ligeiramente menor, o mesmo material fica líquido no núcleo externo.
Parece estranho visto que a superfície do Sol possui quase a mesma temperatura e encontra-se no estado de plasma, e o núcleo externo do planeta, com 3000 °C, seja líquido. Isso acontece basicamente devido ao local onde eles se encontram.
O núcleo interno está sob o peso do restante do planeta Terra, a uma pressão de 350 gigapascais, 3 milhões de vezes a pressão atmosférica na superfície do mar, suficiente para deixar o ferro e o níquel sólidos, independente da temperatura.
O núcleo interno é realmente sólido?
O estado que o núcleo interno se encontra foi determinado a partir da forma como as ondas sísmicas se propagam por ele. Mas existe um problema, não há quase nenhuma diferença na forma como elas se espalham em materiais sólidos e líquidos extremamente viscosos, abrindo a possibilidade de que a camada mais interna da Terra não seja sólida.
Se o núcleo realmente não for sólido, ele é um líquido muito viscoso, a ponto de ser mais rápido ver uma grama crescer do que ver ele se movimentando. Assim, seria possível que existissem convecção interna capaz de aumentar o campo magnético do planeta.
Um núcleo líquido com alta viscosidade também poderia explicar porque as ondas sísmicas são mais rápidas quando viajam de polo a polo, do que quando um terremoto acontece próximo ao equador.
Fonte: Olhar Digital
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