SES de Mato Grosso do Sul divulga Nota Técnica Informativa sobre Febre Maculosa transmitida por carrapatos
A Secretaria de Estado de Mato Grosso do Sul (SES) divulgou a “Nota Técnica Informativa” com o objetivo de auxiliar a população e os profissionais de saúde a reconhecerem os sinais e sintomas da Febre Maculosa transmitida por carrapatos. O intuito é conscientizar a todos sobre a prevenção, a forma de transmissão e, principalmente, o tratamento da doença. O último caso registrado no estado ocorreu em 2018.
O que é a Febre Maculosa? Trata-se de uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Rickettsia e transmitida pela picada do carrapato infectado, conhecido como carrapato-estrela do gênero Amblyoma. Esse tipo de carrapato infectado pode ser encontrado em animais equinos, roedores e marsupiais que vivem em áreas rurais ou urbanas.
A doença pode afetar qualquer pessoa de qualquer idade, desde que esteja exposta ao carrapato contaminado. No entanto, a faixa etária mais afetada é a população economicamente ativa (de 20 a 49 anos), principalmente os homens que relatam exposição a carrapatos e animais silvestres. Também é importante ressaltar a importância da prevenção em animais de estimação que frequentam ambientes como matas, rios ou cachoeiras, pois eles também estão sujeitos a hospedar o carrapato.
Prevenção
A prevenção da Febre Maculosa consiste em evitar ou dificultar o contato com carrapatos. A SES/MS recomenda algumas medidas preventivas que devem ser adotadas pela população, especialmente em locais onde há maior probabilidade de exposição a carrapatos:
Sintomas
Os principais sintomas da Febre Maculosa são:
Também é comum o surgimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem se estender para as palmas das mãos, braços ou solas dos pés. A doença possui um período de incubação que varia de dois a 14 dias.
Diagnóstico
O diagnóstico da Febre Maculosa é desafiador, especialmente nos primeiros dias da doença, uma vez que os sintomas se assemelham a outras enfermidades, como leptospirose, dengue, hepatite viral, malária, meningite, sarampo, lúpus e pneumonia.
Durante a consulta médica, é importante questionar o paciente sobre seu local de residência e se esteve em áreas com matas, florestas e trilhas ecológicas, se teve contato com animais silvestres ou não e se foi picado por um carrapato. Ao mesmo tempo, o profissional de saúde pode solicitar exames que auxiliem no diagnóstico precoce da doença.
Tratamento
O tratamento da Febre Maculosa é fundamental para evitar complicações graves e até mesmo óbito. Consiste no uso de antibióticos específicos, e em casos específicos, pode ser necessária a internação do paciente.
Portanto, diante da suspeita clínica da doença, é crucial iniciar o tratamento com antibióticos imediatamente, mesmo antes do resultado laboratorial. Assim, ao surgirem os primeiros sintomas, a SES/MS orienta que a população procure uma unidade de saúde em seu município.
Nota Informativa
Com o objetivo de esclarecer a população, a Vigilância Epidemiológica da SES, por meio da Gerência Técnica de Zoonoses e do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde), disponibiliza a Nota Técnica Informativa sobre a Febre Maculosa.
Kamilla Ratier, SES, com informações do Ministério da Saúde
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