Após a confirmação da morte de todos os cinco passageiros do submarino da OceanGate por implosão, o próximo passo é a investigação do acidente catastrófico. Mas, como é feita a inspeção e construção do caso para entender, de fato, o que aconteceu?
O que você precisa saber:
Em suma, segundo reportagem da BBC News, as autoridades reunirão todas as partes do submarino para montar um quadro completo da sequência de eventos, conforme explicou Ryan Ramsey, ex-capitão de submarinos da Marinha Real Britânica. A construção do caso para entender o que aconteceu é como um quebra-cabeça e se assemelha muito às pesquisas em acidentes de avião, comparou o especialista.
[A investigação] Não será muito diferente da queda de um avião. Não há caixa preta, então não será possível recuperar os últimos movimentos da embarcação. Mas quanto mais peças da embarcação puderem ser levadas de volta à superfície, melhor. A partir delas, será possível analisar a estrutura rompida, o que foi quebrado, e talvez com isso chegar ao que realmente aconteceu naqueles últimos momentos.
Ryan Ramsey, ex-capitão de submarinos da Marinha Real Britânica, à BBC News.
O que pode ter acontecido com o submarino?
Segundo o professor Blair Thornton, da Universidade de Southampton, ao portal, a grande dúvida é se o submarino sofreu uma falha estrutural que levou à ruptura no casco.
Caso se trate de uma falha catastrófica no compartimento principal [parte fechada do submarino onde há oxigênio e que está protegida da água], o submersível teria sido submetido a uma pressão incrivelmente alta, equivalente ao peso da Torre Eiffel. Seriam dezenas de milhares de toneladas comprimindo a embarcação. Estaríamos falando de uma implosão muito poderosa do compartimento principal.
Outro ponto importante é: se houve uma falha no compartimento, a falta de testes adequados seria o motivo? Qual era o nível de segurança da embarcação? A investigação também precisa responder essas questões, já que o caso pode ir parar no tribunal, com as famílias das vítimas podendo processar a OcenGate. Entenda essa parte do caso aqui!
A fibra de carbono falha devido a defeitos internos em sua construção. As juntas entre a fibra de carbono e o titânio precisam de uma inspeção muito cuidadosa. A violência da implosão pode tornar muito difícil determinar a sequência dos eventos. Daí a necessidade de recuperação [de destroços] e uma análise minuciosa, se possível.
Acrescentou à BBC o professor Roderick Smith, da universidade Imperial College London.
De acordo com o almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos Estados Unidos, é possível que a implosão tenha ocorrido ainda no domingo (18), dia em que a embarcação deu início a expedição até o Titanic.
Até o momento, não está claro que órgão conduzirá a investigação, pois não há um protocolo para acidentes desse tipo com um submarino comercial. Ao todo, cinco pessoas morreram, são eles:
Fonte: Olhar Digital
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