Com a confirmação da tragédia com o submarino Titan, desaparecido desde domingo (18) e que teve seus destroços encontrados nesta quinta-feira (22), as comparações com o Titanic passaram a ser inevitáveis.
E uma dessas comparações foi feita pelo diretor James Cameron, que esteve à frente do longa “Titanic“, estrelado por um então jovem Leonardo DiCaprio nos anos 1990 e que visitou diversas vezes o local do naufrágio.
Cameron fez 33 mergulhos aos destroços do famoso e luxuoso navio e conhece bem o local.
O que fez do Titanic tão famoso?
Em entrevista à ABC News, James Cameron se disse “chocado” com a similaridade entre o naufrágio do Titanic e o acidente do Titan:
Já estive lá muitas vezes… Conheço muito bem o local do naufrágio… Entendo os problemas de engenharia associados à construção deste tipo de veículo e todos os protocolos de segurança…
James Cameron, em entrevista à ABC News
Esta é uma arte madura e muitas pessoas na comunidade estavam preocupadas com o submarino… Estou impressionado com a semelhança do desastre do Titanic em si, onde o capitão foi repetidamente avisado sobre o gelo à frente de seu navio e ainda assim ele navegou a toda velocidade para um campo de gelo em uma noite sem lua e muitas pessoas morreram como resultado.
James Cameron, em entrevista à ABC News
Confira, abaixo, a entrevista (em inglês) de Cameron à ABC News:
Cameron: “senti [o que aconteceu ao Titan] em meus ossos”
Já em entrevista à BBC, o diretor afirmou que estava em um navio no domingo (18), quando o Titan desapareceu, mas só ficou sabendo do ocorrido na segunda-feira (19).
Ele afirmou que, assim que soube que o submarino havia perdido seus sinais de navegação e comunicação, suspeitou imediatamente que um desastre havia ocorrido.
Senti em meus ossos o que ocorreu. Para a parte eletrônica, o sistema de comunicação e o transpônder de rastreamento do submersível falharem simultaneamente – ele havia ido.
James Cameron, em entrevista à BBC
A seguir, ele disse que, “imediatamente, liguei para laguns de meus contatos da comunidade de submersíveis profundos. Em cerca de uma hora, eu já tinha reunido os fatos. Eles estavam na descida. Estavam a 3.500 m, chegando ao fundo, 3.800 m”.
Cameron seguiu: “Suas comunicações foram perdidas e a navegação foi perdida – e eu disse instantaneamente, você não pode perder as comunicações e a navegação juntas sem um evento catastrófico extremo ou um evento catastrófico altamente energético. E a primeira coisa que me veio à mente foi uma implosão.”
O diretor disse ainda que a semana passada “pareceu uma charada prolongada e de pesadelo, onde as pessoas estão falando sobre barulhos de batidas e falando sobre oxigênio e todas essas outras coisas”.
“Eu sabia que o submarino estava exatamente abaixo de sua última profundidade e posição conhecidas. Foi exatamente onde eles o encontraram”, continuou.
Ele acrescentou que, uma vez que um veículo subaquático controlado foi remotamente implantado na quinta-feira (22), os pesquisadores “encontraram [o Titan] em horas, provavelmente em minutos”.
Com informações de The Guardian e BBC
Fonte: Olhar Digital
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