Esquerda surpreende e avança para o segundo turno das eleições presidenciais na Guatemala

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Candidato de Esquerda, Bernardo Arévalo de León, Surpreende nas Eleições Presidenciais da Guatemala

Nas eleições presidenciais da Guatemala, realizadas em 25 de junho, o candidato de esquerda Bernardo Arévalo de León surpreendeu ao conquistar o segundo lugar inesperado. Ele enfrentará a ex-primeira-dama Sandra Torres Casanova em um segundo turno marcado para agosto. Com 89% das urnas apuradas, Torres Casanova obteve 15,12% dos votos, seguida por Arévalo de León, com 12,19%.

Arévalo de León e seu grupo político, o Semilla, ganharam destaque na luta anticorrupção em 2015, na Guatemala. As pesquisas indicavam que eles obteriam o sétimo ou oitavo lugar, mas o apoio nas áreas urbanas foi fundamental para sua chegada ao segundo turno. A diferença de votos entre Arévalo de León e o terceiro colocado é de quase 210 mil votos, tornando improvável uma mudança de tendência com os votos restantes.

Com relação à votação nula, 17,41% da população não optou por nenhum dos candidatos, refletindo a apatia em relação à classe política guatemalteca. No entanto, esse número não alcançou os 50% necessários para forçar uma repetição da eleição, de acordo com a legislação do país.

Sandra Torres Casanova, ex-esposa do falecido presidente Álvaro Colom, é a candidata mais votada até o momento. Ela é formada em Comunicação, empresária do setor têxtil e lidera o partido de centro-esquerda Unidade Nacional de Esperança (UNE). Torres Casanova já disputou eleições anteriores, mas foi derrotada por Jimmy Morales em 2015 e por Alejandro Giammattei em 2019.

Bernardo Arévalo de León, de 64 anos, é sociólogo, deputado federal e concorre à presidência pela primeira vez. Filho do presidente Juan José Arévalo, que governou o país entre 1945 e 1951, ele carrega o legado de seu pai, considerado um presidente democrático que lutou contra a ditadura e promoveu avanços sociais importantes. Arévalo de León viveu na França e no México antes de retornar à Guatemala, onde se envolveu na política.

As eleições visam definir cerca de 5.000 cargos públicos para o período 2024-2028, incluindo presidente, vice-presidente, deputados e representantes do Parlamento Centro-Americano. A população guatemalteca aguarda ansiosamente o segundo turno para conhecer o futuro presidente do país.

*Com informações das agências internacionais 

Fonte: Jovem Pan News

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