Em 31 de maio, a Coreia do Norte tentou lançar o satélite Malligyong-1, primeira espaçonave espiã do país. No entanto, o foguete que transportava o equipamento falhou, caindo no mar logo após a decolagem.

Recentemente, autoridades militares sul-coreanas terminaram de resgatar os destroços daquele que se tornaria os olhos do país recluso no espaço, fornecendo imagens de alta resolução da Terra.

Segundo a agência Reuters, pedaços do que se presume ser o foguete Chollima Tipo 1 usado na missão foram recuperados poucos dias depois do lançamento fracassado. Agora, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, foi resgatado “um objeto que se acredita ser um satélite de reconhecimento militar”.

Cerca de 180 detritos teriam caído no Mar Amarelo, entre a China e a península coreana, segundo a Yonhap.

Imagem divulgada pelo Ministério da Defesa sul-coreano mostram o que se acredita ser uma parte do satélite norte-coreano que caiu no Mar Amarelo no fim do mês passado. Crédito: Ministério da Defesa/Coreia do Sul

Fontes militares não identificadas disseram à agência que “vários destroços foram recolhidos do local” e “a operação de salvamento e atividades relacionadas continuam”. O provável satélite foi transferido para uma instalação de pesquisa militar em Daejeon, na Coreia do Sul, para uma análise mais aprofundada.

Coreia do Norte faz testes de mísseis capazes de atingir os EUA

A Coreia do Norte já lançou satélites em órbita em duas ocasiões: uma vez em 2012 e outra em 2016, mas nenhum deles foi projetado para coletar inteligência como o Malligyong-1. Alguns analistas acreditam que esses lançamentos foram feitos para fornecer cobertura ou pesquisa para o amplamente condenado programa de mísseis do país.

Testes de sofisticadas tecnologias de mísseis norte-coreanos têm sido feitos nos últimos anos, alguns dos quais com capacidade de chegar até os EUA. Como o lançamento fracassado do primeiro satélite espião da Coreia do Norte mostra, no entanto, ainda não está claro o quão avançados os programas espaciais e de mísseis do país realmente estão.