Enquanto a Rússia tenta se estabilizar após sofrer um baque no final de semana por causa da rebelião do Grupo Wagner, a Ucrânia segue tendo êxito em sua contraofensiva lançada no começo de junho. Segundo o Exército ucraniano, eles libertaram a Rivnopil, uma localidade na região de Donetsk na frente sul, na área onde as tropas de Kiev avançaram nas últimas semanas. “As forças de defesa retomaram Rivnopil. Estamos avançando”, disse o vice-ministro da Defesa, Ganna Maliar, no Telegram. Um vídeo postado no Facebook mostra soldados da 31ª Brigada Mecanizada ucraniana, posando com a bandeira de seu país em frente a uma casa de fazenda em ruínas. A Ucrânia lançou uma contraofensiva há cerca de três semanas em pelo menos três áreas diferentes da frente nas províncias de Donetsk (leste) e Zaporizhia (sudeste), parcialmente ocupadas pela Rússia. Até agora, Kiev recuperou nove cidades e 130 quilômetros quadrados desde o início da operação ofensiva em Donetsk e Zaporizhia , no leste e sudeste da Ucrânia, respectivamente, em 4 de junho. O anúncio da captura de Rivnopil ocorre dois dias depois do fracasso da rebelião armada do chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin. Logo após o Ministério da Defesa ucraniano ter anunciado a retomada do controle sobre essa cidade no sudeste do país, a Rússia afirmou nesta segunda-feira, 26, que repeliu quatro ataques da Ucrânia na área de Rivnopil. “Na direção Sul-Donetsk, na área da saliente Vremevski (Velika Novosilka), o fogo de artilharia e os sistemas pesados de lança-chamas do grupo de forças Vostok repeliram quatro ataques inimigos na área do assentamento de Rivnopil da República Popular de Donetsk”, detalhou o Ministério da Defesa da Rússia.
No sábado, aproveitando a turbulência em Moscou, a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, informou que as forças ucraniana lançaram contraofensivas simultâneas em várias direções. Na ocasião, ela havia informado que havia progressos em todas as direções, mas não tinha dado mais detalhes. Ela tinha informado que havia intensos combates em andamento no sul do país, acrescentando que as forças russas estão “na defensiva, fazendo grandes esforços para impedir nossas ações ofensivas”. O conflito na Ucrânia, que se encaminha para seu segundo ano, deverá deixar cerca de 25% das crianças de todo o mundo na miséria durante o ano de 2023. A guerra fez os preços dos alimentos e da energia dispararem, advertiu a ONG KidsRights nesta segunda-feira. Feita com base em números de agências da ONU, a classificação KidsRights também mostra que as crianças estão ameaçadas pela mudança climática e pelo impacto sanitário da pandemia da covid-19. “Tudo isso equivale a uma ‘policrise’ de extrema gravidade, já que as tensões mundiais continuam destruindo os direitos e os meios de subsistência das crianças”, disse a ONG KidsRights, com sede na Holanda. Suécia, Finlândia e Islândia são os países mais bem classificados na lista, de 193 Estados. Chade, Sudão do Sul e Afeganistão são, segundo a ONG, os piores países para crianças.
A invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, foi incluída em uma lista de crises que afetam os direitos das crianças, explicou a organização. “Uma em cada quatro crianças deve estar vivendo abaixo da linha da pobreza este ano, em consequência da guerra na Ucrânia, que provocou uma explosão nos preços da energia e dos alimentos em todo o mundo”, afirma a KidsRight em seu relatório. Os 7,5 milhões de menores ucranianos foram “afetados pela guerra de forma desproporcional”, e um número significativo deles teve de se deslocar, relata o documento. A inflação pós-pandemia e um enfraquecimento mundial dos sistemas de saúde devido à covid-19 também têm impacto negativo, sobretudo, nos programas de vacinação, segundo a mesma fonte. Ao todo, 67 milhões de crianças não foram vacinadas adequadamente entre 2019 e 2021, devido a distúrbios causados pela pandemia. A mudança climática também é um perigo, especialmente em alguns países asiáticos, onde os menores estão “particularmente expostos a fenômenos climáticos imprevistos”. Ucrânia liberta praticamente três cidades por semana desde o começo do mês, enquanto Rússia tenta se estabilizar
*Com informações das agências internacionais
Fonte: Jovem Pan News
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