Em 2018 foi descoberto o cometa C/2018 F4, que mais tarde viria a se rachar em dois. A divisão aconteceu durante a aproximação da rocha espacial com o Sol e provavelmente foi influenciada pelo calor.
Os pesquisadores acreditam que a divisão, percebida pela primeira vez em 2020, aconteceu porque o cometa era formado por dois lóbulos ligados por uma ponte, como um amendoim espacial, ou semelhante ao cometa 67P, visitado pela missão Rosetta.
A divisão teria acontecido quando o cometa estava, em média, a uma distância do Sol três vezes maior que a da Terra. Com a aproximação, o aquecimento pode ter acabado por eliminar parte do material e iniciado um movimento de rotação.
Chega um ponto em que ele está girando tão rapidamente que os componentes principais não conseguem mais ficar juntos, e se separam.
Michael Kelley, coautor do estudo, em resposta a NewScientist
Outras ocorrências
Atualmente os dois pedaços de rocha resultante já se encontram bem longes um do outro, a cerca de 400 mil quilômetros, distância que supera a da Terra e Sol. Os núcleos dos fragmentos medem cerca de 4 quilômetros de diâmetro cada e se separaram a uma velocidade de 3 metros por segundo.
Essa não é primeira vez que os pesquisadores observam a fragmentação de rochas espaciais, tendo acontecido também com o cometa C/2019 Y4 Atlas. O evento também aconteceu durante uma aproximação com o Sol e resultou na formação de pelos 3 fragmentos.
A diferença entre os cometas, é que C/2018 F4 é um objeto que veio de muito longe no Sistema Solar, possibilitando uma maior oportunidade de estudo do núcleo desses tipos de rochas espaciais. Com esses fragmentos, os pesquisadores podem descobrir se as propriedades do cometa se mantêm depois dele se partir em dois.
Fonte: Olhar Digital
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