Após grande adesão e próximo de seu final, o governo federal resolveu estender o programa de carros populares e subsidiará mais R$ 300 milhões.
A informação foi trazida pela CNN, que a confirmou com fontes do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). O governo irá publicar, ainda nesta quarta-feira (28), uma medida provisória confirmando a extensão do programa.
Mais R$ 300 milhões
Dessa forma, o programa terá seu subsídio ampliado de R$ 500 milhões para R$ 800 milhões. Contudo, sua duração seguirá inalterada: de quatro meses, mas o governo entende que, em mais apenas algumas semanas, o benefício terá sua capacidade total alcançada.
Mesmo com a medida, a expectativa é que haja queda nas vendas de veículos em junho, segundo dados da Fenabrave. Reflexo disso é a paralisação em três fábricas brasileiras da Volkswagen, anunciada nesta terça-feira (27). A TV Globo flagrou o pátio da montadora abarrotado de veículos.
Quem também vai parar é a GM. Também nesta terça-feira (27), os funcionários da planta de São José dos Campos (SP) aprovaram nova proposta de suspensão temporária de seus contratos a partir de 3 de julho.
Segundo o UOL, a Stellantis, que cuida de Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot e Ram no País, vai esperam o fim de junho para avaliar suas vendas no mês e traçar sua estratégia para os próximos meses – e há possibilidade de paralisação.
Razões para o aumento do subsídio
O governo resolveu aumentar o subsídio, pois a procura ficou acima das expectativas do próprio governo e da indústria automotiva. Os ônibus e caminhões não ficaram de fora e receberam R$ 1 bilhão de incentivo – os alvos são os veículos pesados com mais de 20 anos de rodagem.
Os recursos destinados aos automóveis foram totalmente consumidos e, dessa forma, as empresas não conseguiram comprar. As locadoras, por exemplo, estavam entre os que se esperavam que pudessem usufruir do incentivo após 15 dias de início do programa, mas não obtiveram sua fatia porque o desconto a pessoas físicas ter sido prorrogado.
Lembrando que os descontos promovidos pelo governo vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil, voltados a veículos leves de até R$ 120 mil e dependem de três critérios: eficiência energética, preço e índice de nacionalização de componentes. As montadoras também vêm aplicando mais descontos por conta própria.
Fonte: Olhar Digital
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