O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira 30, que irá recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF) caso seja condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no julgamento da ação que o acusa de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. “É um julgamento que não tem pé nem cabeça”, disse, em entrevista à rádio Itatiaia. “Vou conversar com meus advogados, e o recurso, prezado jornalista, vai para o Supremo Tribunal Federal”, respondeu. Se a Corte entender que Bolsonaro é culpado, ele perderá seus direitos políticos até 2030. O placar no TSE na sessão de ontem terminou com 3 votos a 1 pela inelegibilidade do ex-presidente. Ele deverá acompanhar o resultado final do julgamento de Brasília, assim que desembarcar na capital federal. Bolsonaro está em Belo Horizonte, onde irá acompanhar, no início desta tarde, o enterro do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli. O voo com o ex-presidente está marcado para decolar às 18h05 da capital mineira, com previsão de chegada às 19h20 em Brasília.
A ministra Cármen Lúcia é a primeira a votar na sessão desta sexta, que deverá ser a ultima do julgamento do ex-presidente pelas acusações de abuso de poder político e uso de meios de comunicação públicos. Se ela votar pela inelegibilidade do ex-mandatário, estará formada maioria na Corte Eleitoral para condená-lo à inelegibilidade até 2030. O placar está em 3 a 1, do total de seis ministros. Além de Cármen, ainda faltam os votos dos ministros Kássio Nunes Marques e do presidente do TSE, Alexandre de Moraes. A sessão de ontem foi suspensa após o voto do ministro André Ramos Tavares que, assim como Floriano Marques, seguiu o relator, o ministro corregedor-eleitoral Benedito Gonçalves, no entendimento de que Bolsonaro deve ser condenado. Já o general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, deve ser absolvido. O ministro Raul Araújo Filho divergiu e foi o único voto favorável ao ex-presidente até o momento, alegando que a “a intensidade do comportamento concretamente imputado à reunião de 18/07/2022 não foi tamanha a ponto de justificar a medida extrema da inelegibilidade”. Hoje será o quarto dia de análise pelos ministros da ação movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) contra Bolsonaro pela reunião com embaixadores na qual questionou o sistema eleitoral, em julho de 2022. CONFIRA AQUI como foi o terceiro dia de julgamento.
Fonte: Jovem Pan News
Comentários