Um pesquisador e teórico da Universidade de Toronto descobriu que o cérebro humano está praticamente programado para acreditar em mentiras e teorias da conspiração. No entanto, isso vai muito além de crenças, como imaginamos, mas tem a ver com as reações cerebrais e pode causar comportamentos preocupantes.

A descoberta

Segundo pesquisa, grupos de ódio incitam pessoas com o uso de metáforas e comparações desumanizadoras (Imagem: Oleksii Synelnykov/Shutterstock)

Cérebro humano vs. mentiras

A pesquisa de Danesi mostrou que essas metáforas são tão poderosas e chamativas que “ligam” circuito no cérebro humano, que conecta ideias a imagens (ou vice-e-versa).

O efeito é que as pessoas que escutam esses discursos tendem a se concentrar em processar a metáfora e ignorar outros fatores, como a mensagem como um todo.

Segundo Danesi, uma vez ativados, esses circuitos são quase impossíveis de desativar e as pessoas que acreditam nele, pelo menos a princípio, desenvolvem caminhos neurais para justificá-los.

Teorias da conspiração

O mesmo vale para as teorias da conspiração. Ao focarem em processar essas mentiras, os receptores enrijecem a ideia passada por elas.

Dessa forma, eles raramente repensam o que foi dito, mesmo quando confrontados com evidências que deslegitimam a ideia.

Quando nos deparamos com grande mentira ou teoria da conspiração, isso pode moldar nossas ideias sem que percebamos. Ao sermos expostos a metáforas específicas, podemos desenvolver sentimentos hostis em relação a grupos específicos – é por isso que grupos de ódio usam metáforas para ligar os interruptores, de modo a motivar as pessoas ao ativismo violento.

Marcel Danesi

Proposta do pesquisador vale pare mentiras no geral, mas também para teorias da conspiração (Imagem: Shutterstock)

Consequências e soluções

Com informações de Phys.org