Tudo indica que Luís Castro não seguirá no Botafogo, com proposta milionária do Al Nassr, da Arábia Saudita. Hostilizado antes, durante e após o empate com o Magallanes, pela Copa Sul-Americana, o técnico português garantiu que a decisão só será tomada nesta sexta-feira, embora tenha adotado um discurso com tom de despedida.
O motivo para a demora de Luís Castro para responder se segue para o futebol árabe ou fica no Botafogo foi explicado pelo próprio técnico. Embora tenha recebido sondagem anterior, Castro só recebeu proposta oficial na quarta-feira, um dia antes do jogo pela Sul-Americana. Não havia tempo para que as partes sentassem para avaliar o futuro. Antes disso, o treinador apenas comunicou a diretoria ter sido procurado.
“Já comuniquei ao dono do clube que havia interesse, o que posso dizer sem uma reunião oficial? Não posso saber o que vai acontecer amanhã. Tenho uma opção de sair para dois anos. A proposta oficial chegou quarta, quinta foi dia de jogo. O que iria fazer com jogo? Chegou uma proposta oficial, sexta o agente senta com o clube e tomamos uma decisão”, resumiu.
“Eu sou livre, só tenho que respeitar o meu contrato. A minha liberdade está emparedada por um contrato. E eu respeito. Por quê? Aí eu sou fundamental em um projeto? Por que não estão R$ 50 milhões na minha cláusula para eu não sair? Só agora que sou (fundamental)? Gostaria de falar de outra maneira, mas não consigo. Aquilo que eu sinto vem sempre para fora”, disparou.
Para Luís Castro, caso decida por sair nesta sexta-feira, deixará o Botafogo no bom caminho para a reestruturação. O técnico garante que vai deixar o clube melhor do que no passado.
“Minha vinda para cá foi para reorganizar o clube, para formarmos um elenco competitivo, lutar por algo maior, era um clube que estava vindo da Série B, com vários problemas, não tínhamos campo de treino, um estádio com gramado problemático e colocamos mãos à obra”, discursou.
“Felizmente hoje temos um estádio renovado, com melhores condições, temos um elenco que continua na Sul-Americana, que está em primeiro lugar no Brasileirão e me deixa muito feliz”, completou, lembrando ainda de melhores nas condições de treinamento.
Sobre o discurso de “família”, Luís Castro defendeu que a mesma seguirá existindo sem sua presença. O técnico lembrou ainda que o Botafogo é maior que ele e vai seguir brigando pelo título.
“O conceito família não depende só de uma pessoa. Quando se ama, ama-se mesmo ao longe, não é preciso estar junto para se amar. Se eu tomar a decisão após a reunião de amanhã e partir, sei que a família estará instalada. Sei que há um elenco aqui pronto para todas as batalhas. Fique ou parta, o Botafogo é muito maior que as pessoas. O Botafogo jamais será maltratado como maltratam muitas pessoas. Merece o respeito de todos. O Botafogo hoje é um clube respeitado”, resumiu.
Fonte: Ogol
Comentários