Nesta sexta-feira (30), a Apple obteve feito histórico. A empresa fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak chegou ao valor de mercado acima dos US$ 3 trilhões (R$ 14,3 trilhões), algo inédito.

O resultado mostra a resiliência e durabilidade dos produtos da empresa da maçã, sobretudo o iPhone.

Sua dominância atrelou sua marca à vida de boa parte das pessoas que consomem eletrônicos, além de deixar seus investidores mais tranquilos, mesmo com crescentes tensões ocidentais com a China mostrando como ela depende da manufatura oriental.

Contudo, a empresa está se esforçando cada vez mais para se “libertar” do “domínio” chinês e levar sua cadeira de suprimentos para lugares, como Índia e Vietnã.

Tudo em alta

As ações da Apple em Cupertino, Califórnia, seguem em alta em 2023, graças aos novos mercados emergentes anexados pela empresa, como a Índia, bem como a primeira novidade eletrônica em quase dez anos: o Apple Vision Pro, óculos e headset que mistura RV e RA (realidade virtual e realidade aumentada) e que vai custar US$ 3,5 mil (R$ 16,7 mil).

Os papéis da gigante da informática subiram quase 50% desde o início do ano e superaram o crescimento do Nasdaq Composite Index (índice do setor utilizado na Bolsa de Valores da Nasdaq) em cerca de 30%.

A marca de US$ 3 trilhões quase foi alcançada em janeiro do ano passado. Durante as negociações diárias, seu valor de mercado chegou nesse patamar, mas fechou o dia abaixo disso.

Nesta sexta-feira (30), as ações da empresa fecharam em alta de 2,3%, em US$ 193,97 (R$ 929,08). Com esse fechamento, a Apple terminou o dia com US$ 3,05 trilhões (R$ 14,6 trilhões) de valor de mercado.

“Santo” iPhone

Como dito acima, boa parte do sucesso recente da Apple vem do iPhone. Desde seu lançamento, em 2007, a empresa da maçã vendeu mais de dois bilhões de aparelhos.

Incrivelmente, mesmo com as entregas do dispositivo não estarem crescendo rápido, sua decisão de aumentar os preços dos aparelhos com a introdução da linha Pro, em 2019, impulsionou as vendas de modo geral.

O iPhone também gerou “braços” financeiros explorados pela Apple. Um exemplo é a conta-poupança de alto rendimento, existente no exterior, vinculado ao app Carteira.

O iPhone é realmente um produto global e estamos indo bem nos mercados emergentes atualmente. Isso nos ajudou a compensar alguns desafios macroeconômicos.

Luca Maestri, diretor financeiro da Apple, em entrevista ao The Wall Street Journal em maio

Percebeu-se, ainda, que a resiliência da Apple permitiu que ela se recuperasse muito mais rápido que seus concorrentes no período pós-pandemia de Covid-19.

Com informações de The Wall Street Journal