Uma das pré-candidatas favoritas para as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela, María Corina Machado, da ala mais radical da oposição, foi inabilitada a exercer cargos públicos por 15 anos, segundo um ofício da Controladoria Geral divulgado nesta sexta-feira, 30. O texto da Controladoria, que mantém inabilitada uma longa lista de opositores, entre eles o duas vezes candidato à presidência Henrique Capriles, além de Juan Guaidó, que se exilou nos Estados Unidos em abril, foi lido pelo deputado José Brito. “Tenho o dever de informar que à cidadã María Corina Machado Parisca foi imposta a sanção de inabilitação para o exercício de qualquer cargo público em 13 de julho do ano 2015”, por um período de 15 anos, diz o texto. Os Estados Unidos, que mantêm uma antiga disputa com o governo socialista de Nicolás Maduro, que inclui um embargo ao petróleo venezuelano, protestaram contra a medida imposta à opositora, assim como a OEA e o governo esquerdista da Colômbia. A inabilitação “priva o povo venezuelano de direitos políticos básicos”, disse Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado. “Os venezuelanos merecem o direito de escolher um candidato para participar das eleições presidenciais de 2024 sem interferências”, acrescentou.
Segundo a Controladoria, a inabilitação de María Corina foi baseada em “irregularidades administrativas” quando ela foi deputada (2011-2014). A princípio, a inabilitação imposta em 2015 tinha vigência de um ano, mas a Controladoria a continuou investigando nos anos seguintes. A opositora também é acusada de ter participado de “uma rede de corrupção” liderada por Guaidó, reconhecido, entre janeiro de 2019 e janeiro de 2023, como presidente interino da Venezuela por 50 países que não reconheceram a reeleição do presidente Nicolás Maduro em 2018, por considerá-la “fraudulenta”. “Ninguém se surpreende, isso estava por vir, mas se eles acreditam ou acharam que essa farsa de inabilitação ia desestimular a participação nas primárias, devem se preparar, porque se tínhamos força, agora vamos com mais força”, afirmou María Corina em um ato político.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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