Conforme noticiado pelo Olhar Digital na sexta-feira (30), uma mancha solar voltada para a Terra cresceu tão rapidamente no decorrer da semana que chegou a 10 vezes o tamanho do nosso planeta. Com isso, o fim de semana trazia altíssimo risco de ocorrência de explosões de classe X – o tipo mais violento de erupção solar.
E tudo aconteceu exatamente conforme o previsto pela NASA, com base nas capturas feitas pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), que acompanhou a evolução da mancha solar AR3354 desde o surgimento, na última terça-feira (27).
Segundo um comunicado emitido pela agência nesta segunda-feira (3), essa colossal e crescente região ativa do Sol explodiu no domingo (2), às 20h14 (pelo horário de Brasília), produzindo uma erupção solar de longa duração da classe X.1, que foi registrada pelo SDO.
Como estava voltada para a Terra, a radiação da explosão ionizou o topo da atmosfera, o que provocou uma interrupção momentânea nas comunicações por rádio. Aviadores, navegadores e operadores de rádio amador localizados no oeste dos EUA e no Oceano Pacífico podem ter notado perda de sinal por até 30 minutos após o disparo do flare.
O que é uma erupção solar de classe X
O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar, e está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas.
No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia. À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento.
De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela. Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do último.
“A classe X denota as chamas mais intensas, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força”, explicou a agência em um comunicado. “Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente. Sinalizadores classificados como X10, os mais fortes, são incomumente intensos”.
Em média, erupções solares dessa magnitude ocorrem cerca de 10 vezes por ano e são mais comuns durante o máximo solar (período de maior atividade) do que o mínimo solar (período de menor atividade). Se a explosão solar for eruptiva e ocorrer perto do centro do disco solar voltado para a Terra, ela pode causar uma forte e duradoura tempestade solar e liberar uma ejeção de massa coronal significativa que pode causar uma tempestade geomagnética de grau severo (G4) a extremo (G5) no planeta.
Fonte: Olhar Digital
Comentários