A autoridade internacional de segurança nuclear da ONU aprovou nesta terça-feira (4) os planos do Japão para liberar mais de 1 milhão de toneladas de água contaminada da usina nuclear de Fukushima no oceano.
Relembre a tragédia nuclear em Fukushima
Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), entregou o relatório final favorável à liberação da água ao primeiro-ministro do Japão Fumio Kishida e disse que as descargas “teriam um impacto insignificante no meio ambiente”.
O diretor também afirmou que os representantes da AIEA estarão presentes em Fukushima para monitorar as descargas nas próximas décadas.
Kishida disse que o país fornecerá continuará a “fornecer explicações ao povo japonês e à comunidade internacional de maneira sincera, baseada em evidências científicas e com alto nível de transparência”.
A China é contra o plano de liberação das águas da usina nuclear. Em declaração, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que o Japão estava tratando o Oceano Pacífico como seu próprio esgoto, conforme informou o Wall Street Journal.
Como acontecerá a descarga de água no Pacífico
O plano de despejo da água será realizado pela operadora da Usina Tokyo Eletric Power que inicialmente planeja reduzir a concentração de todas as substâncias radioativas nas águas, exceto o trítio, um isótopo de hidrogênio que dificilmente pode se separar da água.
A água tratada será diluída com o mar para reduzir a concentração de trítio a um nível seguro – bem abaixo dos níveis aprovados internacionalmente – antes de ser liberada no Oceano.
Conforme relata a Reuters, no mês passado autoridades japonesas disseram a jornalistas chineses que os níveis de trítio na água tratada de Fukushima está abaixo dos encontrados em águas regularmente liberadas por usinas nucleares em todo o mundo.
Com o plano, o objetivo é liberar mais de 1,3 milhão de toneladas de água ao longo de três ou quatro décadas.
Com informações de Wall Street Journal, Reuters e Deutsche Welle.
Fonte: Olhar Digital
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