Mesmo havendo diferenças entre o Universo e os oceanos terrestres, ambos possuem mistérios que, talvez, jamais consigamos desvendar (enquanto alguns poucos vão sendo desmistificados).
Uma das razões que nos impede de compreender esses dois espaços é nossa incapacidade viver plenamente neles. A falta de oxigênio, por exemplo, é algo que dificulta nossa exploração plena. E essa dificuldade só acentua nossa já arraigada curiosidade em entender o cosmos e as águas profundas.
Oceanos
Ainda sobre os oceanos, não são só as distâncias que nos impedem de explorá-lo a fundo (literalmente). A temperatura extremamente fria e a pressão fortíssima da água (que pode esmagar uma pessoa).
Exemplo disso é a recente implosão do submersível Titan, que ia em direção aos destroços do Titanic, localizado a profundidade de 3,8 quilômetros. Além disso, o Sol não consegue penetrar na escuridão sombria do fundo do oceano.
Custo de exploração é alto
Apesar de os avanços da tecnologia terem permitido uma melhor exploração dos oceanos, seus custos ainda são altos. Até hoje, só conhecemos 5% dos oceanos, ou seja, somente 35% da superfície terrestre é conhecida por nós. Portanto, 65% do universo submarino segue sendo um mistério para a humanidade.
Pela lógica, várias espécies de animais estão por lá, só nos esperando, para que os conheçamos e os admiremos. Quem sabe não acharíamos o famoso monstro do lago Ness? Ou o cracken? Também existe a possibilidade de acharmos novas características geológicas, como cordilheiras submarinas e vulcões.
E o Espaço?
Vamos agora falar sobre nossa outra obsessão: o Espaço. Da mesma forma que nos oceanos, não podemos sobreviver além de nossa atmosfera sem a tecnologia disponível. Desde que a humanidade pôde iniciar as explorações espaciais e, até hoje, há várias complicações para isso. Além disso, uma viagem ao Espaço é extremamente cara.
Contudo, assim como nos oceanos, temos, ao nosso dispor, equipamentos que enxergam longe. O telescópio, por exemplo, nos auxilia na observação de corpos celestes e outras curiosidades do Universo desde o século XVII, quando Galileu Galilei o apresentou para o mundo.
Os telescópios mais poderosos disponíveis atualmente podem enxergar até 13 bilhões de anos-luz além, podendo ver o que não está em nossa galáxia, tanto que vários planetas e exoplanetas, por exemplo, já foram mapeados e descobertos.
Na Via-Láctea, os cientistas possuem mapeamentos mais precisos das superfícies de Marte, Mercúrio e Vênus do que dos oceanos. Assim, até parece que o Espaço foi mais explorado do que nossas águas marítimas, mas precisamos nos lembrar de uma coisa: o Universo é muito, mas muito grande! Tão grande que nossos cérebros não conseguem compreender sua vastidão.
Mesmo que os telescópios nos deem ampla visão do universo visível, boa parte do Universo segue sendo invisível para nós. Boa parte dele é composto por matéria escura e energia escura, componentes que não se integram com a matéria ou a luz visível, o que as deixam como sendo grande mistério para nós, já que não conseguimos vê-las.
Considerando que exploramos boa parte do universo visível, podemos dizer que somente 4% do Universo foi catalogado por nós. Os 96% que faltam é de matéria e energia escuras.
E há mais um “agravante”: dentro da matéria visível, pode ser que não consigamos enxergar além do Universo observável. Isso se dá, pois, como a velocidade da luz é finita, existe um limite imposto pela física do quão longe conseguimos enxergar.
É bem capaz que exista muito mais para vermos, mas, perante a física, sempre será impossível de vermos e descobrimos.
Mas, e aí, sabemos mais sobre os oceanos, ou sobre o Espaço?
Quando comparamos o quanto conhecemos de nossos oceanos e do Espaço, é relativo. Isso porque, como dito acima, o Universo possui um limite físico observável pelo olho humano, enquanto os oceanos, talvez, um dia, possam ser completamente explorados por meio de novas tecnologias. Eles estão aí, à disposição, fisicamente exploráveis, por um lado. Por outro, eles também oferecem limites físicos que nos impedem de explorarmos por nós mesmos.
Mas, com o avanço cada vez mais impressionante da tecnologia, quem sabe onde podemos chegar na exploração desses dois mundos fascinantes? É aguardar para ver.
Com informações de SoCientífica
Fonte: Olhar Digital
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